Elevador quebrado obriga cadeirante a subir escada sentado em posto do INSS
Caso ocorreu seis meses após ele ir à agência no Rio e encontrar equipamento no mesmo estado
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Pessoas com dificuldade de locomoção encontram mais um obstáculo em uma agência do INSS no centro do Rio de Janeiro: o elevador não funciona há meses. No dia 10 de julho, o professor Jorge Crim, 60, cadeirante, precisou subir as escadas sentado para realizar uma perícia.
Há seis meses, Crim esteve na mesma agência, com hora marcada, e também encontrou o elevador quebrado. O caso foi revelado pela TV Globo e um vídeo do professor subindo as escadas viralizou.
"Como fiquei extremamente irritado, até comigo mesmo, de ter caído na história de que o elevador seria consertado, tomei a decisão de subir de escada", afirmou à Folha.
Crim contou que preferiu fazer este esforço do que voltar novamente ao local, por morar a 60 km do centro do Rio e por não ter garantias de que o elevador estaria funcionando futuramente.
O professor consta como cadeirante no cadastro do INSS. Ele teve paralisia infantil e passou a usar cadeira de rodas há dois anos, quando começou a perder o equilíbrio. Diz que nunca havia passado por uma situação parecida com a que ocorreu na agência.
Crim informou à reportagem que conseguiu realizar a perícia no dia 10. Questionado se ainda precisará voltar ao prédio, respondeu: "Espero que não seja castigado novamente. Se tiver que voltar lá vai ser triste".
Ele disse que permitiu o compartilhamento do vídeo por ter esperança de que a divulgação ajude outras pessoas a não passarem pela mesma situação.
A Folha foi ao prédio na terça-feira (16) e constatou que o elevador ainda não funcionava.
Em nota, o INSS disse que a manutenção está sendo providenciada para que o elevador possa voltar a funcionar "o mais breve possível".
O órgão afirmou que todas as perícias agendadas no local foram transferidas a agências próximas até a resolução dos problemas de acessibilidade.
O INSS também lamentou o episódio e informou que foi determinada a realização de um diagnóstico de problemas semelhantes em todas as agências do país.
O presidente do INSS, Renato Vieira, chegou a classificar o fato como "inaceitável". "A determinação dada foi no sentido de corrigir imediatamente essas necessidades logísticas, estruturais", afirmou.
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