Unir realidade e fantasia num espaço virtual pode ser uma estratégia eficaz nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em Guarulhos (Grande SP).

O biólogo, pesquisador e professor de Biomedicina, da Faculdade Anhanguera Sérgio de Mendonça e os alunos da Liga de Saúde Pública da instituição idealizaram um aplicativo para celular em formato de game para estimular os jovens a investigar criadouros do mosquito.

“A ideia do aplicativo nasceu de uma discussão em sala de aula sobre os problemas da cidade e um dos citados foi a dificuldade para entrar nas casas e realizar a busca de focos do mosquito. Isso fez com que pensássemos em usar o adolescente e motivá-lo a fazer um monitoramento semanal dentro de casa. Isso é fácil fazer com aplicativo", diz o professor.

"O difícil é convencer as pessoas da aventura da investigação de criadouros. Em cima deste propósito pensamos em criar um game onde as larvas serão monstros. Para combatê-los o usuário será direcionado a monitorar a própria casa, vinculando as duas situações."

O aplicativo está sendo desenvolvido em parceria com o Centro Universitário Eniac. A iniciativa tem o apoio do Conselho de Desenvolvimento Municipal da Cidade de Guarulhos.

A previsão é que esteja disponível em dezembro. O acesso será gratuito e inicialmente restrito a Guarulhos.

O programa também trará informações sobre o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e, futuramente, ganhará um canal no YouTube para veicular as mesmas orientações.

De 1º de janeiro a 10 de outubro, o município de Guarulhos registrou 6.335 casos de dengue, cinco de chikungunya e nenhum de zika e febre amarela.

No mesmo período do ano passado, houve 76 de dengue, nove de chikungunya, 56 de febre amarela e nenhum de zika.