Siga a folha

Descrição de chapéu Alalaô

Bell Marques e seu bloco incendeiam sábado cinzento no Ibirapuera, em SP

Organização estimou em 400 mil foliões acompanhando o cortejo; teve gente até de máscara contra coronavírus

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O ex-Chiclete com Banana Bell Marques transformou o parque Ibirapuera, um dos cartões postais de São Paulo, em um território baiano na tarde deste sábado (29) cinzenta de pós-Carnaval, com um público estimado pelos organizadores em cerca de 400 mil pessoas.

Visualmente, o público parecia menor, mas azar de quem perdeu a oportunidade de acompanhar o trio-elétrico de uma das principais estrelas do axé music, que conseguiu contagiar o público com muita simpatia e com um repertório consagrado, dele e de outros intérpretes.

Foi a segunda vez que o cantor e compositor baiano esteve em São Paulo. Já de casa, ele esteve à vontade até para corrigir o público quando ele cantava a música "Maimbê Dandá", de Carlinhos Brown.

“Gente, é Maimbê. Estou ouvindo gente cantar Maitê. Não sei o que significa Maitê nem Maimbê, mas a letra diz Maimbê”, disse.

O público corrigiu-se e ganhou afago de Bell.

Nas fantasias dos foliões, quase nada se viu de protestos ou mensagens políticas. Tinha de tudo um pouco, entre piratas, índios, super-heróis, até teve quem aproveitou um dos principais assuntos do momento para brincar.

“Hoje não vou beijar!!! Coronavírus”, dizia o cartaz do professo de educação física André Facco, 37, que também usava uma máscara hospitalar no rosto.

O professor de Educação física André Facco, 37, que brincou com a preocupação das pessoas com o vírus - Rogério Pagnan/Folhapress

“Teve uma que quis me agarrar e beijar mesmo assim. Ela disse: ‘eu também tenho o coronavírus!”, brincou ele.

Facco disse ter preocupação zero com a doença e só quis mesmo brincar.

Já a máscara de hospital da arquiteta Andrea Mandina, 44, não era um adereço. Ela disse que está mesmo preocupada com o vírus e, por isso, colocou a máscara para enfrentar a multidão. “As pessoas não estão se precavendo. O povo está achanado que é uma simples gripe”, disse ela.

Andrea também disse estar indignada até com as autoridades quanto a isso.

“O povo que veio da China ficou de quarentena, um tanto de tempo. Agora, esse daí, da Itália, que deu positivo, eles mandam o cara para casa?”, disse.

O trio percorreu uma das vias do entorno do parque Ibirapuera. Para acessar o local, havia um esquema de segurança até com revista pessoal. Os vendedores todos credenciados. Um monte deles.

“Este ano está fraquíssimo [de vendas]. É muita concorrência”, disse a vendedora Walkiria Accioly, 59, que ano passado conseguiu levantar cerca de R$ 11 mil em vendas. “Este ano, não sei se chegou a R$ 3.000”, disse.

Apesar das baixas vendas, a vendedora elogiou a organização, que conseguiu evitar tumultos. “Já não tem mais briga. Não está tendo nem assalto”, disse.

Quanto à segurança, além de equipes de seguranças uniformizados, havia também efetivo da Polícia Militar e faixas com mensagens de alerta aos foliões. Uma delas orientava todos a prestar atenção em carteiras e celulares.

A Polícia Militar de São Paulo não faz estimativa de público.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas