Mortes: Preservou a história da engenharia no Brasil
Pedro Carlos da Silva Telles venceu o Prêmio Jabuti na categoria Ciências (Tecnologia) pela obra 'História da Engenharia no Brasil'
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Nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, Pedro Carlos da Silva Telles não foi o primeiro engenheiro da família. A paixão pela profissão atravessou gerações: avô, pais e tios, por exemplo. Sua especialidade era tubulação industrial.
Formou-se em 1947, na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, antiga Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em mais de 40 anos, construiu uma importante trajetória como docente na mesma instituição onde um dia foi aluno.
Pedro era responsável pela fundação da disciplina de equipamentos industriais e do curso de engenheiro mecânico. Também lecionou no Instituto Militar de Engenharia e no curso de pós-graduação de engenheiros da Petrobras, onde trabalhou por 22 anos.
Durante a vida profissional, participou do projeto e da construção de quatro navios-tanque no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.
Por mais de dez anos foi funcionário da Shell do Brasil e atuou como consultor técnico do Instituto Brasileiro do Petróleo.
Em 1985, Pedro venceu o Prêmio Jabuti na categoria Ciências (Tecnologia) pela obra “História da Engenharia no Brasil” —a história era outra de suas paixões.
Ao longo da vida, escreveu 13 livros sobre engenharia e foi responsável pela formação de centenas de profissionais.
Seu colega por dez anos, o professor e engenheiro Israel Blajberg, 75, presidente da Academia da História Militar Terrestre do Brasil, afirma que Pedro se aprofundou em aspectos do início da engenharia e dedicou-se à pesquisa. “Ele foi um expoente da engenharia nacional”, diz.
Pedro Carlos da Silva Telles morreu no dia 30 de agosto, aos 95 anos. Viúvo, deixa três filhos, sete netos e quatro bisnetos.
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