O engenheiro José Maria Whitaker Vicente de Azevedo era um estrategista nas relações humanas. Sua grande qualidade era o senso de humanidade.

Sabia em que momentos deveria ser somente um ouvinte e também quando e como falar. Tais qualidades o aprimoravam na arte de aconselhar. Se a ocasião pedia apenas a sua presença, não poderia ter companheiro melhor.

Assim, José transferiu toda sua tranquilidade à família e permitiu carregar consigo as antigas amizades.

Era filho de Francisco de Paula Vicente de Azevedo Filho e Maria da Penha Whitaker Vicente de Azevedo, neto de José Maria Whitaker, um advogado e banqueiro que ocupou o Ministério da Fazenda por duas oportunidades, nos anos 1930 e 1950; do paterno, era bisneto de Francisco de Paula Vicente de Azevedo, o Barão da Bocaina.

Nascido na capital paulista, ainda criança mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. Estudou no Colégio Santo Inácio, cursou Engenharia Eletrônica na Escola Nacional de Engenharia e pós-graduação na FGV, quando retornou a São Paulo.

A filha, a engenheira Ana Carolina Vicente de Azevedo, conta que ele gostava de acompanhar o avanço da tecnologia e a vida inteira se manteve atualizado.

José teve passagens pela Eletrobras, Cesp (Companhia Energética de São Paulo), CPFL Paulista (Companhia Paulista de Força e Luz) e Ultrafértil —nas duas últimas ocupou cargo de diretor.

Em 1966, ainda no Rio de Janeiro, casou-se com a professora de filosofia Maria Carolina de Meira Mattos, 73, com quem teve dois filhos, Ana Carolina e Carlos. Ficaram casados por 54 anos. A alegria de José era estar com os netos, Felipe e Olívia.

José Maria Whitaker Vicente de Azevedo morreu dia 19 de outubro, aos 77 anos. A causa da morte não foi informada.

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