Sem provas, Bolsonaro classifica mortos de Jacarezinho como traficantes que 'roubam e matam'
Presidente parabenizou polícia pela ação e prestou homenagem a agente que foi morto
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Sem que as investigações tenham sido concluídas, o presidente Jair Bolsonaro classificou como "traficantes que roubam, matam e destroem famílias" os mortos na operação na favela do Jacarezinho, no Rio, em seu perfil oficial de rede social na noite deste domingo (9).
Na publicação, Bolsonaro parabenizou a Polícia Civil do estado. Esta foi a primeira manifestação pública direta sobre a operação mais letal da história do Rio de Janeiro.
"Ao tratar como vítimas traficantes que roubam, matam e destroem famílias, a mídia e a esquerda os iguala ao cidadão comum, honesto, que respeita as leis e o próximo. É uma grave ofensa ao povo que há muito é refém da criminalidade. Parabéns à Polícia Civil do Rio de Janeiro", disse.
Ele também prestou homenagem ao policial André Leonardo, morto durante a ação.
"Nossas homenagens ao Policial Civil André Leonardo, que perdeu sua vida em combate contra os criminosos. Será lembrando pela sua coragem, assim como todos os guerreiros que arriscam a própria vida na missão diária de proteger a população de bem. Que Deus conforte os familiares", postou.
A ação na comunidade de Jacarezinho, na zona norte carioca, ocorreu na quinta-feira (6) e deixou pelo menos 28 mortos.
A operação ocorreu sob a vigência de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que limita ações policiais em comunidades desde junho do ano passado, durante a pandemia do novo coronavírus. As polícias são obrigadas a justificar as incursões ao Ministério Público.
Os alvos da ação eram 21 réus acusados de associação ao tráfico. A denúncia do Ministério Público contra eles tem como base fotos publicadas em redes sociais em que aparecem armados, mas não cita homicídios, aliciamento de menores e sequestro de trens como divulgado pela Polícia Civil.
A corporação negou que tenha ocorrido irregularidades nas mortes provocadas por seus agentes e afirmou que todos atuaram em legítima de defesa.
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