Siga a folha

Descrição de chapéu feminicídio

Vereador é preso suspeito de amarrar mulher em árvore em Minas

Caso ocorreu em Serranópolis de Minas; defesa do homem nega as acusações

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Conselheiro Lafaiete (MG)

Um vereador da cidade de Serranópolis de Minas, localizada no norte de Minas Gerais, foi indiciado pela polícia e está preso sob suspeita de agredir e amarrar uma mulher a uma árvore —os dois tinham um relacionamento, de acordo com o advogado da vítima.

Adva Avelino de Souza (PSD) foi levado para o presídio de Porteirinha no dia 28 de setembro sob a acusação de tentativa de feminicídio, de acordo com o debelgado do caso, André Brandão. As agressões teriam ocorrido na quinta-feira anterior (23) na casa onde ele e a mulher moravam.

Segundo a Polícia Civil, o homem teria amarrado a vítima pelo pescoço em uma árvore, para asfixiá-la e depois a arrastou pelo chão do terreno. Ele teria feito isso porque estava com ciúmes dela devido a postagens em redes sociais.

Vítima mostra marcas que ficaram em seu pescoço ao sofrer agressão - Fabio Silva Nunes/Reprodução

Em um vídeo, gravado por seu advogado, a vítima conta como foram as agressões. “Ele pegou a corda, me puxou e passou a corda aqui [ela diz, apontando para um tronco de árvore]. Eu falei: ‘me solta, moço, solta, não me mata, não’”, diz ela.

No vídeo, é possível ver as marcas deixadas pela corda no pescoço da mulher. Ela também indica a distância que teria sido arrastada e diz que, caso não tivesse conseguido se soltar da corda, teria morrido.

De acordo com a polícia, a perícia confirmou as marcas deixadas no pescoço e nas costas da mulher por conta das agressões.

Vítima mostra marcas que ficaram em seu corpo - Fabio Silva Nunes/Reprodução

Fabio Silva Nunes, advogado da vítima, disse que em 2019 o casal dissolveu a união estável que mantinha até então. Pelo acordo, ela ficaria com a casa e ele, com o carro. Os dois reataram o relacionamento, mas voltaram a se desentender.

“Ela não queria mais continuar, então ela entrou com uma ação pedindo que ele deixasse a casa e pagasse os alimentos atrasados. A decisão judicial saiu e foi favorável, mas quando ela informou a situação ele não aceitou”, afirmou o advogado.

Um dia após as agressões, a vítima procurou Fabio relatando o que tinha acontecido. Ele foi o responsável por procurar a polícia, que foi então até a residência, mas não encontrou Adva.

O vereador foi achado e preso só cinco dias depois. Segundo o delegado Brandão, ele estava em uma propriedade de difícil acesso na zona rural de Serranópolis de Minas. Junto com o suspeito foi encontrada uma quantia de R$ 10.850 em espécie.

Segundo Karom Kaiquy Gomes Amaral, advogado do suspeito, o dinheiro encontrado seria destinado ao pagamento de uma compra de gado para a propriedade rural do vereador.

A defesa de Adva nega as acusações e afirma que o vereador nunca pensou em fugir do município.

“Na verdade, esses fatos são fatos desvirtuados da realidade. Infelizmente, a polícia não investigou de forma correta e a mídia, pelo fato de ser um vereador, acabou distorcendo os fatos. A defesa tem a plena convicção de que o Adva é inocente e iremos demonstrar e provar isso nos autos”, afirma Karom.

Por meio de nota, o PSD de Minas afirmou que está acompanhando a apuração do caso em contato direto com o diretório local.

“O Partido Social Democrático de Minas Gerais (PSD-MG) tomou conhecimento do fato pela imprensa e repudia qualquer tipo de violência, principalmente contra mulheres”, diz a nota.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas