Um monstro, diz governador do RJ sobre anestesista preso por estupro
Pré-candidato à reeleição, Cláudio Castro (PL) visitou hospital onde médico foi flagrado violentando grávida durante cirurgia
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O governador do Rio de Janeiro e pré-candidato à reeleição, Cláudio Castro (PL), disse nesta quinta-feira (14) que a Secretaria de Estado de Saúde deve estudar novos protocolos de segurança após o caso do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, 31, preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (11) por estuprar uma mulher sedada durante uma cirurgia de parto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Castro visitou o Hospital da Mulher Heloneida Studart, local do crime, no início da tarde. Ele se encontrou com os enfermeiros que gravaram o vídeo em que o anestesista comete o estupro na slaa cirúrgica..
O governador declarou que planeja avaliar com a Secretaria de Estado de Saúde, equipes médicas e o Conselho Regional de Medicina a possibilidade do aumento da segurança para pacientes em unidades de atendimento e hospitais.
Ele também repudiou o ato do anestesista e o chamou de "monstro". "Foi um caso totalmente extraordinário. A gente vai se ver pode ter câmera ou não [nos hospitais]. Ainda vamos avaliar, mas já estão sendo estudados novos protocolos pela Secretaria de Saúde. Que os funcionários não sejam balizados como esse profissional que era um monstro. Com certeza vai haver uma mudança nessa estrutura", disse o governador.
Castro também parabenizou equipe de enfermeiros e técnicos que gravaram o vídeo e disse que foram capazes de uma atitude "heroica".
"Conversei com os profissionais, com a direção, e eles tiveram uma atitude corajosa e destemida, pelo que me relataram. Eles mostraram que são profissionais sérios e capacitados. Foi um crime que chocou a todos nós", disse Castro após o encontro com a equipe.
O governador também disse que a vítima e a equipe terão acompanhamento psicológico oferecido pelo próprio hospital.
O deputado federal Doutor Luizinho (Progressistas), a delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, e secretária de Estado de Saúde em exercício, Cláudia Mello, acompanharam a visita.
Bezerra foi filmado pela equipe de enfermagem colocando o pênis na boca da paciente. Segundo depoimentos, médico aplicava sedação excessiva nas vítimas durante o parto, pedia que os maridos se retirassem da sala antes que a cirurgia fosse finalizada e levantava uma espécie de cortina para dificultar que outros profissionais presentes no local vissem a cabeça da paciente.
Nesta terça (12), o Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) anunciou a suspensão provisória do registro médico de Bezerra. Segundo a entidade, a medida "é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica".
No processo eletrônico do Tribunal de Justiça do RJ, Pedro Yunes Marones de Gusmão aparece como seu advogado. A reportagem tentou contato em seu escritório, mas não obteve retorno.
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