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Descrição de chapéu Obituário Cássia Regina Pereira dos Santos (1970 - 2022)

Mortes: Festeira, era fã de praia e de fotografia

Cássia Regina Pereira dos Santos pensou no próximo até em seus momentos mais difíceis

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São Paulo

"Na vida, tudo tem seu preço, seu valor/E eu só quero dessa vida é ser feliz", diz a letra de "20 e poucos anos", música composta pelo cantor Fábio Jr. A canção foi ouvida e cantada muitas vezes por Cássia Regina Pereira dos Santos, que fez questão de ir a um show para ver o ídolo.

Mas essa não foi a única música que mexeu com ela. "E um sol/Pleno de luz/Brilhará no seu sorriso/Em meu abrigo", são os versos de "Acácia", música dos anos 1990 escrita em sua homenagem pelo marido, Acauã.

A paixão pela vida foi uma marca de Cássia. Ainda que tenha perdido a mãe, Maria Pimentel, aos nove anos de idade, tornou-se uma pessoa muito amorosa. O afeto se manteve em cada presente comprado, quarto arrumado para uma visita ou em um prato saboroso, mesmo que não gostasse muito de cozinhar.

Cássia Regina Pereira dos Santos (1970-2022) - Arquivo pessoal

Foi essa ligação com a mãe que moldou sua independência e ajudou Cássia a se virar na infância, fazendo trabalho doméstico na Ilha do Governador, onde morou por quase toda a vida.

"Elas tinham uma ligação espiritual muito forte", lembra a filha, a jornalista Gabi Willer, 27.

Depois dos atrasos no trabalho, esse vínculo dava força para pular o muro da escola e assistir às aulas.

Além das baladas de Fábio Jr., Cássia gostava de ser fotografada e aprendeu com a filha as técnicas para fazer os registros.

Mas a paixão maior, mais do que as músicas de Fábio Jr. e as fotos, era a praia. Não importava o lugar, bastava ter sol, mar e areia.

Ser cheia de sorrisos fazia dela uma presença querida. "Era uma pessoa festeira, sempre gostou de aniversário e frequentava muito a casa das amigas", diz Gabi.

O bom humor e o deboche permaneceram nas horas mais difíceis. Já no hospital, quando era perguntada sobre o estado de saúde, afastava o suporte de oxigênio do rosto e dizia "tô ótima, vou começar a correr daqui a pouco".

Nem mesmo a perspectiva da queda de cabelos por causa do tratamento desanimou seu espírito generoso. "Quando soubemos o diagnóstico, uma das primeiras coisas que ela disse foi 'nossa, se fizer tratamento, vou cortar meu cabelo e doar às crianças do Inca'", afirma a filha. O outro desejo era ajudar pessoas com a mesma doença.

Cássia dos Santos morreu em 9 de novembro, dia de seu aniversário de 52 anos, em decorrência de câncer e enfisema no pulmão e uma pneumonia. Deixa o marido e dois filhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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