Chuvas arrastam casas e causam estragos em estados do Norte e Nordeste
Em Manaus, casas chegaram a ser arrastadas por correnteza em igarapé; ministros visitam áreas afetadas
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As fortes chuvas que caíram durante a semana causam transtornos a moradores de estados das regiões Norte e Nordeste. Em Manaus, atingido fortemente no sábado (26) casas chegaram a ser arrastadas por uma enxurrada em um igarapé.
Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, e do Meio Ambiente, Marina Silva, estiveram no Acre e no Amazonas neste domingo (26) para visitar locais atingidos e articular medidas de apoio à população.
O governo federal reconheceu situação de emergência em Rio Branco, que foi atingido por fortes chuvas na sexta (24). O secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff, anunciou a liberação de R$ 1,4 milhão para a compra de produtos de higiene básica e colchões, por exemplo.
"Nosso objetivo é dar intensidade aos planos de trabalho, principalmente a ajuda humanitária, com fornecimento de água, alimentação e higiene pessoal para os desabrigados", afirmou o ministro Góes.
Marina disse que o governo federal pretende criar um sistema de emergência climática para colocar em observação 1.038 municípios com riscos de ocorrência de desastres ambientais.
Em boletim divulgado na tarde deste domingo, o governo do Acre diz que 1.771 ocorrências foram atendidas por equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Secretarias, Polícia Militar, e Instituto Socioeducativo. Na capital, 48 bairros foram atingidos.
O nível dos rios na região permanece alto, informa o governo do estado. Às 6h deste domingo, o nível de medição do Rio Acre esteve em 16,47 metros, acima das cotas de alerta (13,50 metros) e de transbordamento (14 metros).
No sábado, o governo estadual chegou a falar em 23 mil atingidos. Neste domingo, diz que "o número de pessoas atingidas está sendo atualizado pelas equipes da Defesa Civil e da Casa Civil".
Em Manaus, que foi atingida por fortes chuvas neste sábado, casas foram arrastadas por um igarapé. A prefeitura contabilizou mais de 135 ocorrências até as 18h sábado, sendo 62 de alagamentos, 25 de desabamentos e 22 de deslizamentos.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) disponibilizou duas escolas para abrigar 172 famílias que perderam as moradias. Neste domingo (26), a cidade amanheceu com tempo estável, segundo a prefeitura.
O governo do estado ainda não divulgou um balanço dos impactos, mas disse em redes sociais que irá acelerar os reassentamentos de famílias moradoras das comunidades mais atingidas.
No sábado (25), o governo do Maranhão decretou situação de emergência em mais 21 municípios, ampliando para 49 o número de cidades nessa situação.
Ao todo, são cerca de 31 mil famílias afetadas direta e indiretamente e 5.843 desabrigados no estado, segundo o último boletim sobre a situação divulgado pelo governo maranhense.
A situação de emergência, disse o governo, "tem o objetivo de preservar o bem-estar da população, assim como os serviços e demais atividades socioeconômicas nas regiões prejudicadas". Até o momento, foram enviadas às vítimas 5.450 cestas básicas; 900 garrafões de água e 600 colchões.
No Pará, a situação é mais delicada na região de Marabá, a 560 quilômetros de Belém. Segundo o governo do estado, são cerca de 1.600 famílias atingidas. Aquelas que possuem renda mensal de até três salários mínimos serão beneficiadas com ajuda de um salário mínimo.
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