Siga a folha

Descrição de chapéu imigrantes

Imigração libanesa no Brasil, impulsionada por d. Pedro 2º, ganha exposição

Mostra no Conjunto Nacional, em São Paulo, comemora os 140 anos de fluxo intenso entre Oriente Médio e América do Sul

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

As conexões culturais entre Brasil e Líbano, como tudo que se torna parte do dia a dia, costumam passar despercebidas. É comum esquecer que o cavaquinho brasileiro é descendente do alaúde, um instrumento de cordas árabe, ou que o costume da venda a crediário tenha sido introduzido aqui por mascates sírio-libaneses, por exemplo.

A partir da próxima terça (21), quem estiver em São Paulo poderá enxergar essas conexões com mais facilidade. A trajetória de imigrantes libaneses rumo ao Brasil é tema de uma exposição no espaço cultural do Conjunto Nacional, na avenida Paulista.

A mostra dará especial atenção à visita de dom Pedro à região em 1876, considerada o marco histórico para que o fluxo de migração tenha se intensificado na década seguinte. À epoca, o território que hoje é o Líbano era dominado pelo Império Otomano.

Fotografias de imigrantes sírios e libaneses e seus descendentes no Brasil - Karime Xavier/Folhapress

O Brasil tem hoje o que é considerada a maior comunidade de libaneses e descendentes fora do país —algo entre 7 milhões e 10 milhões de pessoas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O tamanho da comunidade libanesa no Brasil ultrapassa a própria população do Líbano, que é de 5,6 milhões, segundo o Banco Mundial.

"A razão para a maior comunidade libanesa do mundo estar no Brasil é por causa da ida de Dom Pedro 2º ao Líbano 1876, porque lá ele foi recebido muito bem, já tinha uma afinidade com os libaneses que aqui [no Brasil] viviam. Então ele aproveitou e convidou a todos que viessem para cá, dizendo que iria recebê-los de braços abertos, e foi o que aconteceu", diz a presidente da Associação Cultural Brasil-Líbano, Lody Brais.

A exposição inclui imagens de cadernos de estudos de língua árabe que pertenciam a dom Pedro 2º e do seu diário, fotos da viagem e o desenho das rotas do monarca e dos navios que traziam os imigrantes ao Brasil. A maior parte das imagens foi cedida pelo Museu Imperial de Petrópolis e pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em parceria com a Associação Cultural Brasil-Líbano. Há também parte do acervo do Museu do Imigrante paulista.

"Estamos abordando as principais influências árabes no Brasil, porque elas são inúmeras", diz a curadora da exposição, Nouha Nader. "Os libaneses gostam muito dos brasileiros porque sabem que aqui há um grande número [deles]. Essa é uma comemoração que diz muito para todos os libaneses."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas