Siga a folha

Descrição de chapéu Obituário Antônio Raimundo Bichara Fuesi (1939 - 2023)

Mortes: Reconhecido tanto dentro do campo quanto fora dele

Antônio Raimundo Bichara Fuesi foi tricampeão do futebol amador

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Na região de Montes Claros, em Minas Gerais, Bichara é um sobrenome conhecido e que desperta boas memórias em muita gente.

O sobrenome pertence a Antônio Raimundo Bichara Fuesi, que se encantou pelo futebol cedo e foi tricampeão do futebol amador em 1963, 1964 e 1965 pela Associação Atlética Cassimiro de Abreu, time da cidade do norte mineiro.

Antônio Raimundo Bichara Fuesi foi jogador de futebol e fez fama em Montes Claros (MG) - Arquivo Pessoal

Bichara nasceu em Salvador (BA), em 4 de março de 1939, mas ainda jovem mudou-se para Montes Claros.

"Meu pai era talentoso no futebol. Foi atleta profissional, cabeceava de forma impressionante, muitos anos depois ainda lembravam-se dele por isso", conta Rita Bichara.

Ele jogou profissionalmente no Democrata de Governador Valadares, no Guarani de Divinópolis e, em Montes Claros, no Ateneu. Encerrou a carreira no Cassimiro de Abreu, em 1970.

Com o fim da carreira nos campos, ingressou no Banco Real, onde trabalhou por 34 anos.

"Meu pai não era convencional, não. Era muito alegre, muito amoroso. A gente brincava que pai era mãe. A mãe era disciplinadora, a que botava a gente para estudar, dava bronca. Ele escondia os malfeitos para a mãe não bater. Ele era muito amoroso. Se pudesse, nenhum dos filhos sairia de perto dele, não", lembra Rita, aos risos.

Segundo a filha, Bichara foi diagnosticado com Alzheimer em 2012. A doença foi progredindo e causando problemas e degeneração física. Em 2021, ele contraiu Covid-19, o que complicou ainda mais seu quadro.

Depois de um período de internação, voltou para casa acamado e já não andava mais. Morreu no último dia 19, aos 84 anos, em decorrência do Alzheimer.

"Meu pai era muito gracinha, pessoa de hábitos simples, ajudava muita gente, era querido demais", afirma a filha. "Ele vai fazer muita falta. As pessoas vão se lembrar dele sempre alegre. A alegria era a principal característica dele."

Para a surpresa da filha, ela descobriu uma curiosidade de Bichara após a morte dele.

"Ele também era um bom professor. Muita gente dizendo que ele ensinou a jogar, a trabalhar, muita gente do banco dizendo isso. Eu sabia que ele era de acolher, mas surpreendeu a quantidade de gente que falou que aprendeu com ele no banco e no futebol."

Além de Rita, Bichara deixa os filhos Nalbernard e Barney, dois casais de netos e a esposa Josefina, com quem ficou casado por 53 anos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas