Mulher é presa sob suspeita de chamar garçonete de macaca em bar no Rio
Segundo a polícia, detida não quis depor; mãe dela afirmou que a filha sofre de transtorno bipolar
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A garçonete Társila Almeida, 21, que é preta, afirmou à polícia que foi chamada de macaca e teve seu cabelo puxado por uma cliente branca no bar onde trabalha na zona sul do Rio de Janeiro, no último domingo (9). A agressora, segundo a jovem, fez outros comentários de cunho racista.
A autora do ataque foi identificada pela Polícia Civil como Lívia Palhano Martins Coelho, 39. Presa em flagrante sob suspeita de injúria racial, ela passará por uma audiência de custódia marcada para esta terça-feira (11) no Tribunal de Justiça.
A polícia não soube informar se a suspeita tem advogado. Segundo os policiais, ela responde a um processo por lesão corporal e desacato a dois PMs.
O delegado Felipe Santoro afirmou que Lívia não quis depor. Na delegacia, a mãe dela disse que a filha sofre de transtorno afetivo bipolar e de síndrome de dependência e faz uso contínuo de medicamento psiquiátrico.
O episódio ocorreu por volta das 13h30, segundo Társila. Ela relatou à polícia que Lívia estava em um canto do bar "visivelmente alcoolizada, apresentando aparência de sonolência, olhos vermelhos e fala desconexa".
A funcionária disse não ter dado atenção à cliente, que, ainda segundo ela, se aproximou e puxou as tranças dela. Ela acrescentou desconhecer o motivo das agressões e que nunca havia visto Lívia antes.
De acordo com o Bar Mané, Társila "sofreu agressões verbais e físicas por conta da sua cor de pele" em seu momento de descanso no trabalho.
Acionada para atender o caso, a Polícia Militar levou Lívia, Társila e dois funcionários à 9ª DP (Catete), que investiga o caso.
Os dois funcionários que testemunharam as cenas confirmaram à polícia a versão da garçonete.
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