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Descrição de chapéu Rio de Janeiro trânsito

Mulher morre após ser agredida por motorista e atropelada no Rio

Segundo a família, vítima foi atacada depois de abordar homem que dormia ao volante para saber se ele precisava de ajuda

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Vitória Azevedo
Rio de Janeiro

Uma discussão de trânsito em Niterói, no Rio de Janeiro, resultou em morte no último domingo, Dia das Mães (14). A vítima, Isabel Cristina de Mendonça, 49, foi ameaçada, agredida e atropelada quatro vezes na frente do filho, Matheus Henrique de Souza, 22, segundo relato de familiares. Ela morreu de politraumatismo.

Segundo a família, a vítima viu o motorista encostado ao volante e se aproximou para perguntar se precisava de ajuda, quando recebeu uma resposta violenta, sendo puxada pelo cabelo e jogada no chão e então atropelada.

O delegado Lauro Cesar Lethier Rangel disse que o autor já foi identificado —o nome dele não foi divulgado. A polícia iria ouvir familiares da vítima ainda nesta quarta-feira (17) .

Isabel Cristina de Mendonça, 49, morta após discussão no trânsito em Niterói (RJ) - Reprodução /SBT Rio

A família diz que a Polícia Civil já reconheceu o agressor, cuja identidade segue sob sigilo. Segundo Wellington Ravete, cunhado de Isabel, os próprios parentes descobriram o local de trabalho do motorista e levaram a informação até as autoridades. A reportagem não conseguiu resposta da polícia sobre o episódio.

Segundo a família, após passar o Dia das Mães reunidos, Isabel foi até uma hamburgueria com o filho por volta das 22h, na mesma rua em que moravam, a São Sebastião, em Itaipu.

Na volta para casa, ela avistou um carro parado, e o motorista encostado no volante. Segundo o filho, ficou preocupada e se aproximou para saber se o condutor precisava de ajuda.

Ao se aproximar do veículo e fazer contato com o motorista, que estava dormindo dentro do carro, Isabel foi agredida verbalmente e ameaçada. Em seguida, foi puxada pelo cabelo e jogada no chão.

Na tentativa de defender a mãe, Souza confrontou o agressor e tentou tirar Isabel do local. Os dois se afastaram e a situação parecia estar resolvida. Segundo Cristiane Mendonça, irmã da vítima, foi quando a vítima foi atropelada quatro vezes.

"Depois da briga, os dois caminharam no sentido contrário do carro. O motorista deu ré e foi na direção deles. Ele passou por cima da minha irmã quatro vezes. Não se arrependeu do que fez, não prestou socorro. A polícia já viu as imagens, ele atropelou a Isabel quatro vezes", contou.

"Minha irmã morreu de politraumatismo. Ela teve os ossos quebrados, pulmão e fígado estourados, a região inferior do corpo toda destruída. Ela chegou a bater a cabeça quando foi jogada no chão, mas não foi isso que causou a morte dela. Isabel morreu por ter sido atropelada daquela forma brutal", relatou a irmã da vítima.

A família compareceu novamente na delegacia na tarde desta quarta-feira (17) para solicitar a modificação da tipificação do ocorrido, de acidente de trânsito com vítima para homicídio doloso, quando há intenção de matar.

O filho da vítima irá depor novamente, e as imagens do local serão analisadas.

"Eu acompanhei o momento em que a polícia colheu as imagens, ele atropelou a Isabel quatro vezes, de propósito. Eles fizeram o registro como acidente de trânsito, mas estamos reforçando que foi intencional, ele teve a intenção de matar. Estamos em busca da mudança dessa tipificação", disse o cunhado.

Ainda segundo ele, o suspeito é morador do bairro e trabalha próximo à casa da vítima. "Não conseguimos entender tamanha brutalidade, ela só queria ajudar. Ela já estava a 20 metros de distância do carro quando o motorista veio de ré e a atropelou de propósito. Não foi um acidente de trânsito. Só queremos justiça", disse Ravete.

Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro diz que os familiares ainda estão sendo ouvidos. "O condutor do carro foi identificado e será chamado a prestar depoimento. Diligências estão em andamento para apurar a dinâmica dos fatos".

A polícia não informou o nome do suspeito nem do advogado de defesa dele. Também não deu detalhes se já foi pedida a prisão dele, se ele foi localizado nem se ele é considerado foragido.

A corporação também não respondeu ao questionamento da reportagem sobre a crítica da família de que o caso foi registrado como um acidente de trânsito com vítima e não como homicídio.

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