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Descrição de chapéu Interior de São Paulo

Morte de terceira vítima de explosão em Cabreúva (SP) é confirmada

Dois dos quatro sócios de metalúrgica estão internados; Polícia Civil começou a coletar depoimentos nesta segunda (4)

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São Paulo

Mais uma vítima da explosão de uma caldeira em fábrica de Cabreúva, no interior de São Paulo, teve identidade divulgada nesta segunda-feira (4). Após três dias internado, o jovem Erick Mendes de Souza, 21, morreu pela manhã no hospital Leonor Mendes de Barros, em Sorocaba. Ele trabalhava havia quase três anos na empresa onde ocorreu o acidente.

As outras vítimas são o sergipano Fernando Nascimento dos Santos, 25, e o piauiense Azarias Barbosa do Nascimento, 46, ambos funcionários da fábrica. A Prefeitura de Cabreúva chegou a divulgar neste domingo (3) que uma pessoa ainda não identificada havia morrido em hospital de São Paulo. A informação, porém, foi corrigida, e com a confirmação mais recente o total de óbitos relacionados ao acidente chega a três.

As causas da explosão da caldeira, que destruiu completamente o galpão da metalúrgica, são investigadas pela Polícia Civil. Segundo o delegado Ruiter Martins, responsável pelo caso, a investigação ainda precisa coletar depoimentos e dos resultados uma nova perícia antes de atribuir responsabilidades pelo acidente.

Destroços de explosão de caldeira em fábrica de Cabreúva, no interior de São Paulo - Jardiel Carvalho - 2.set.2023/Folhapress

"Os peritos vão retornar nessa semana com uma equipe de engenharia para ver mais detalhes técnicos, com base em documentos que foram solicitados à empresa, como planta e mapa das instalações de gás da fábrica", disse o policial.

Nesta segunda, a delegacia de Cabreúva vai coletar depoimentos de um técnico e de um engenheiro responsável pela segurança do trabalho na empresa. A oitiva dos proprietários da Tex Tarugos para Extrusão Ltda ainda não tem data para acontecer –dois dos quatro sócios estão internados.

A metalúrgica também se tornou alvo de inquérito civil do MPT (Ministério Público do Trabalho), que esteve hoje no local do acidente. Segundo a procuradora Alvamari Tebet, o órgão quer ouvir os sócios da empresa nesta terça-feira (5).

O MPT vai se reunir com o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) em força-tarefa para identificar e fiscalizar outras empresas da região. "São empresas pequenas, com o mesmo sistema produtivo e estrutura similar de máquinas e equipamentos", disse Tebet.

Segundo o chefe de fiscalização do MTE na região, Ubiratan Vieira, o órgão já recebeu denúncias contra outras empresas por descumprimento a direitos trabalhistas. A força-tarefa também deve verificar tempo de uso e condições gerais de máquinas e equipamentos.

Em vistoria realizada no último sábado (2), o órgão observou inadequação nas instalações elétricas e falta de equipamentos de proteção contra incêndio no galpão da Tex Tarugos. O MTE também verificou que não havia sinalização de segurança no local. Além disso, máquinas e equipamentos antigos não tinham registro de manutenção.

A empresa, aberta em 2020, não tinha alvará de funcionamento e foi multada duas vezes pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) por operar sem licença ambiental.

A explosão, ocorrida na manhã de sexta-feira (1º), foi sentida em toda a região. Segundo relatos de vizinhos, com a força do estrondo, janelas em residências próximas se quebraram, e outros galpões no entorno da fábrica foram atingidos por rochas e peças metálicas.

No momento do acidente havia 41 pessoas na empresa, e 30 precisaram de atendimento médico de urgência. Os pacientes mais graves foram transferidos para hospitais da região e da capital. Oito continuam internados.

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