Sobe para 46 o número de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul
Total de desaparecidos, 46, continua o mesmo em relação ao divulgado neste sábado (9)
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A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou no início da noite deste domingo (10) que subiu para 46 o total de mortes no estado em razão das fortes chuvas da última semana. São quatro a mais em relação ao boletim divulgado na noite deste sábado (9).
O total de desaparecidos, 46, continua o mesmo em relação ao de sábado (9). Já o de municípios afetados pelos temporais mudou, passando de 88 para 93.
Outro dado que apresentou alteração foi o de pessoas obrigadas a deixarem duas casas. No sábado, somavam pouco mais de 11 mil. Neste domingo, eram 25,2 mil, das quais 81% estavam desalojadas (quando podem ficar na casa de parentes ou amigos). As demais dependem de abrigos públicos.
O governo gaúcho estima em 340 mil o total de afetados pelos temporais. Uma força-tarefa com cerca de 900 servidores atua nas buscas, resgates, identificação de corpos e reparos na infraestrutura.
Os corpos das vítimas estão sendo reconhecidos pelo Instituto Geral de Perícias em Porto Alegre e cidades do interior. A liberação para os velórios depende de uma normalização mínima na rotina das cidades afetadas, que chegaram a ter mais de 80% de sua área urbana submersa.
No sábado (9), foi realizado o velório coletivo de vítimas das enchentes na cidade de Vespasiano Corrêa. Foram veladas na cidade nove vítimas encontradas em Muçum, cidade que fica a cerca de 20 km de Vespasiano Corrêa e foi uma das mais castigadas pelas cheias do rio Taquari.
Doações e financiamentos
Na sexta (8), o governo federal anunciou o repasse, via prefeituras, de R$ 800 por cada desabrigado e o envio de 20 mil cestas básicas.
Na quinta (7), a gestão Lula já havia reconhecido o estado de calamidade pública, conforme solicitado pelos municípios atingidos pelos temporais para simplificar os processos de compras e contratações, e acelerar a resposta à destruição. Segundo a CNM (Confederação Nacional dos Municípios), os prejuízos chegam a R$ 1,3 bilhão.
Em reunião com prefeitos das cidades afetadas, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou a liberação de R$ 1 bilhão em financiamento por meio do banco estatal Banrisul. Desse total, cerca de R$ 300 milhões serão destinados ao setor agrícola, que segundo o governador foi um dos mais prejudicados pelas enchentes. Outros R$ 500 milhões serão destinados a empréstimos para prefeituras e R$ 100 milhões serão voltados para o financiamento imobiliário.
Leite também anunciou a liberação de R$ 1,5 milhão em horas-máquina para auxiliar no trabalho de reconstrução em Muçum e em Roca Sales.
As fortes chuvas causaram bloqueios totais ou parciais de rodovias e duas pontes foram destruídas. O governo informou que trabalha para desobstruir as rodovias "o mais rápido possível" para que as doações possam chegar às vítimas.
A Defesa Civil pede que as doações se concentrem em colchões, produtos de higiene pessoal e itens para limpeza dos locais afetados pelas enchentes. Também foi criada pelo governo uma conta para doações em dinheiro.
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