Polícia apreende meia tonelada de cocaína em bairro atingido por enchente em Canoas (RS)
Foi a maior apreensão na história da Polícia Civil no estado; droga teria sido armazenada por consórcio de facções
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apreendeu meia tonelada de cocaína em Canoas, nesta segunda-feira (1ª), após uma investigação de oito meses sobre o tráfico de drogas na cidade. A droga, segundo a polícia, seria vendida no valor de R$ 15 milhões.
A apreensão, realizada pela 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico, é a maior da história da corporação no estado. Um homem foi preso em flagrante e outros dois foram levados para a delegacia, onde seriam submetidos a interrogatórios.
Segundo o delegado Gabriel Borges, a investigação começou a partir de informações sobre a formação de um consórcio de duas organizações criminosas que atuam em Porto Alegre e Canoas.
As facções teriam se unido para levar uma grande quantidade de drogas para o Rio Grande do Sul, por via aérea e terrestre, aproveitando a situação caótica provocada pela enchente histórica que atingiu o estado em maio.
A polícia descobriu imóveis no bairro Mathias Velho que eram usados para armazenar a droga. O bairro foi um dos mais afetados pelas inundações e ainda tem ruas cheias de entulho.
A cocaína foi encontrada no segundo imóvel vistoriado durante a operação. O homem preso e os dois levados para interrogatório estavam em outros imóveis e em um carro nas proximidades.
"O trabalho é resultado da estratégia de enfrentamento às organizações criminosas e do combate ao narcotráfico, sempre buscando a descapitalização do crime organizado e responsabilização criminal de lideranças do tráfico de drogas", disse o delegado Alencar Carraro, diretor de Investigações do Narcotráfico da Polícia Civil.
O homem preso tem antecedentes criminais por tráfico de drogas. Os policiais continuam a investigação para encontrar outros responsáveis pelos 500 kg de cocaína.
Cerca de 50 mil pessoas moram no bairro Mathias Velho, o maior de Canoas. Pilhas de móveis, colchões, brinquedos e outros objetos foram formadas em frente às casas após a diminuição do nível do rio dos Sinos. O bairro está em reconstrução e passa por operações de limpeza.
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