Siga a folha

Descrição de chapéu Rio de Janeiro Folhajus Rio

Zeu, condenado pela morte de Tim Lopes, não aparece para colocar tornozeleira eletrônica

Preso desde 2010, traficante teve progressão de pena para prisão domiciliar e deveria usar equipamento

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Rio de Janeiro

O traficante Elizeu Felício de Souza, o Zeu, um dos condenados pela morte do jornalista Tim Lopes, não apareceu para instalar a tornozeleira eletrônica após ser solto no dia 4 deste mês. Ele tinha cinco dias úteis para se apresentar à central de monitoramento, no centro do Rio de Janeiro, para colocar o equipamento.

Zeu deixou o Instituto Penal Vicente Pragibe, em Bangu, beneficiado pela progressão de pena —do regime fechado para a prisão domiciliar. A Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) comunicou o caso à Justiça, que irá determinar se ele será considerado foragido ou não. Procurado, o Tribunal de Justiça ainda não retornou.

Cartaz do Disque Denúncia oferecia recompensa para a captura do traficante Zeu, na época em que era procurado pela morte de Tim Lopes - Divulgação/Disque Denúncia

A reportagem não localizou a defesa de Zeu, que foi condenado em 2005 a 23 anos e seis meses pela tortura e assassinado de Lopes.

O repórter desapareceu no dia 2 de junho de 2002, quando foi até a comunidade para apurar a prostituição de menores de idade e o consumo de drogas em um baile funk. Segundo a polícia, ele foi identificado por um segurança do tráfico, que encontrou a microcâmera que Lopes levava escondida.

O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, então líder do Comando Vermelho, ordenou a morte do jornalista. Lopes foi levado para o morro da Grota, no Complexo do Alemão, onde foi torturado e atingido por um golpe de espada no tórax.

Em seguida, ele teve as pernas cortadas e foi queimado dentro de pneus —método conhecido como "micro-ondas", usado para apagar vestígios dos assassinatos.

As buscas pelo corpo do repórter revelaram a existência de um cemitério clandestino na favela da Grota. Cerca de um mês depois do crime, um teste de DNA confirmou que fragmentos de um corpo encontrado pela polícia eram de Lopes.

Nove pessoas foram indiciadas pelo crime. Duas morreram antes de serem julgadas: Maurício de Lima Matias, o Boizinho, foi morto em confronto com a polícia e André Barbosa, o André Capeta, teria se suicidado, segundo investigação da polícia.

As outras sete foram condenadas em 2005 pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Elias Maluco recebeu a maior pena e foi sentenciado a 28 anos e seis meses de prisão.

Zeu foi capturado em 2010, na operação de ocupação do Alemão e era o único que estava preso pelo crime. Quatro outros condenados estão em liberdade e um outro segue foragido.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas