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Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

Após medidas ideológicas, Vélez defende gestão técnica a empresários

Ministro da Educação deu palestra enquanto Bolsonaro indicava sua saída da pasta

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Campos do Jordão e São Paulo

"Temos que nos alicerçar para tomada de decisões numa perspectiva técnica, científica e não diretamente ideológica", disse o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez nesta sexta-feira (5) durante uma palestra a empresários no 18º Fórum Lide, em Campos do Jodão (SP). 

A fala marca uma mudança de rota, já que nesta semana o ministro defendeu que os livros didáticos não registrem 1964 como um golpe, o que irritou até mesmo os militares

O ministro de educação Ricardo Vélez, em encontro com empresários em Campos do Jordão (SP) - Folhapress


A estratégia, porém, pode ter vindo tarde demais. Também nesta sexta, enquanto Vélez discursava, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) indicou que o ministro deve deixar o MEC na próxima segunda-feira (8).

Vélez defendeu a perspectiva científica em detrimento da ideologia ao ser provocado pelo mediador de sua palestra, o jornalista William Waack. A pergunta veio após a fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que também participou do evento e defendeu racionalidade. 

Waack então perguntou se a elaboração de políticas públicas não deveria ser baseada em evidências científicas e lembrou que a principal crítica a Vélez é a de estar "mais preocupado com convicções".

"Assino embaixo do meu colega Ricardo Salles", respondeu Vélez, defendendo a racionalidade. O ministro da educação, então, afirmou que, da perspectiva técnica, há dois momentos de evasão escolar: na entrada e no ensino médio. Ele defendeu a alfabetização e o ensino profissional para os jovens como forma de manter os brasileiros na escola. 

"Criamos uma secretaria nacional de alfabetização e estamos fazendo o esforço de sistematizar métodos de ensino e trabalho", disse. 

Vélez concentrou sua palestra em traçar um panorama com dados de evasão escolar entre os jovens e não tratou de temas polêmicos. 

"Entre os jovens de 15 e 17 anos, 2,8 milhões não concluem por falta de engajamento. Isso deveria estar universalizado em 2016. É um quadro que vem de anos de descaso", disse Vélez, acrescentando que os índices ruins na área da educação não decorrem de três meses de governo Bolsonaro.

Ao encerrar, o ministro convocou os empresários a dialogar com ele no MEC para construírem uma aliança pela educação. 
 

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