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Mesma formulação de Wegovy e Ozempic chega às prateleiras com diferença de R$ 165

Medicamento para obesidade é vendido por preço superior, apesar de quantidade de princípio ativo ser a mesma

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São Paulo

Na última semana, o Wegovy, injeção para tratamento de obesidade, começou a ser vendido nas farmácias brasileiras. O medicamento com 1mg de semaglutida e 3ml chegou às prateleiras custando, sem os descontos, R$ 1292,78, cerca de R$ 165 a mais que o Ozempic, que tem o mesmo princípio ativo, a mesma quantidade.

O Ozempic, indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, custa R$ 1.063 em grandes redes de farmácia.

Procurada pela Folha, a Novo Nordisk, laboratório que produz os dois medicamentos, afirmou que "o preço de Wegovy é definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) e publicado em seu site. Portanto, o custo de produção e o preço de comercialização de Wegovy refletem seus benefícios clinicamente comprovados para perda de peso, além da inovação que representa para o tratamento da obesidade —além das diferenças em conveniência, eficácia e resultados cardiometabólicos adicionais".

Tanto o Wegovy, como o Ozempic, tem a semaglutida como princípio ativo - Hollie Adams/Reuters

Porém, na lista de preços da CMED, com a alíquota do estado de São Paulo, os dois remédios, com 1,34 mg/ml e 3ml, tem o mesmo preço: R$ 1292,78. O órgão regula o preço máximo que um medicamento pode custar ao consumidor, ao governo e o preço máximo de fábrica.

A previsão era de que o medicamento custasse até R$ 2.484 em estados em que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é de 21%, como o Piauí. Em São Paulo, a droga poderia chegar a R$ 2.383, uma vez que a alíquota do estado é de 18%.

Os dois medicamentos injetáveis são à base da semaglutida, com a diferença de que o Ozempic é aprovado no Brasil apenas para tratamento da diabetes tipo 2 e usado off-label (fora da indicação da bula) para emagrecimento, enquanto o Wegovy é aprovado para tratamento da obesidade.

A semaglutida desempenha algumas ações no organismo que colaboram na perda de peso. Uma é aumentar a sensação de saciedade e reduzir o apetite. A substância tornou-se muito popular nas redes sociais a partir de outubro de 2022, após o bilionário Elon Musk atribuir o seu emagrecimento a ela. A febre fez com que o medicamento entrasse em falta em farmácias americanas e brasileiras (no caso do Ozempic).

Nos Estados Unidos, a semaglutida estava aprovada pela FDA (agência reguladora americana de medicamentos e alimentos) desde o final de 2021 e tem um preço de tabela de US$ 1.349 (cerca de R$ 6.000).

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