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Seis países relataram casos de Covid-19 em criação de visons, diz OMS

Em comunicado neste sábado (7), entidade diz que são necessários estudos mais detalhados para saber se nova variante pode afetar eficácia de vacinas

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Bruxelas

Ao menos seis países relataram casos de coronavírus em visons criados para produção de pele, afirmou neste sábado (7) a OMS (Organização Mundial da Saúde): Dinamarca, Itália, Espanha, Holanda, Suécia e Estados Unidos.

Na quarta, a Dinamarca anunciou que iria abater os mais de 17 milhões de animais criados no país, depois de detectar uma nova variante do coronavírus Sars-Cov-2 que poderia prejudicar a eficácia de futuras vacinas contra a Covid-19.

Desde junho de 2020, 214 pessoas foram infectadas por variantes do coronavírus associadas a visons, 12 dos quais pela nova variante, identificada em 5 de novembro. Os contaminados pela nova variante tinham idades entre 7 e 79 anos, e 8 deles tinham vínculo com a criação de visons, segundo a OMS.

Visons em fazenda da Dinamarca, que anunciou que vai exterminar todos os animais para evitar a disseminação de Covid-19 - Mads Claus Rasmussen/Ritzau Scanpix/AFP

Apesar de estudos preliminares mostrarem que a mutação, chamada de “cluster 5”, pode afetar a eficácia de uma futura vacina, a OMS diz no comunicado que são necessários mais estudos específicos para entender o impacto da nova cepa, inclusive em relação aos imunizantes.

Segundo a OMS, as medidas tomadas pelas autoridades dinamarquesas limitarão a propagação de variantes do Sars-Cov-2 associadas ao vison, principalmente a da nova variante, que agora será submetida a vários estudos.

“Continua sendo uma preocupação quando qualquer vírus animal se espalha para a população humana, ou quando uma população animal pode contribuir para amplificar e espalhar um vírus que afeta humanos”, afirmou a OMS.

O Sars-CoV-2 foi identificado pela primeira vez em humanos em dezembro de 2019 e já infectou mais de 48 milhões de pessoas até esta sexta (6), causando mais de 1,2 milhão de mortes em todo o mundo.

A origem do vírus e o hospedeiro anterior, do qual ele passou ao homem, ainda não são conhecidos, embora se acredite que o patógeno esteja ancestralmente ligado aos morcegos, afirma a OMS.

As evidências disponíveis sugerem que o vírus é predominantemente transmitido entre pessoas, mas animais que estiveram em contato com humanos infectados, como visons, cães, gatos domésticos, leões e tigres, tiveram resultados positivos para Sars-Cov-2.

Os visons, segundo a entidade, foram infectados por pessoas contaminadas e atuam como reservatórios de coronavírus, passando o vírus entre eles, o que aumenta o risco de contaminação dos humanos.

Desde o começo da pandemia, países que produzem pele de vison já haviam anunciado que proibiriam a criação, como a Polônia e a Holanda. Milhões de visons holandeses foram mortos depois de um surto em 70 fazendas, e o país anunciou que encerraria a produção até março do ano que vem.

No comunicado, a OMS aconselha todos os países a aumentar a vigilância para Covid-19 em locais onde possa haver reservatórios animais, incluindo as fazendas de visons.

A organização também recomenda fortalecer as medidas de biossegurança, com medidas de prevenção e controle de infecções para trabalhadores de locais de criação ou abate de animais.

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