Siga a folha

Descrição de chapéu diabetes medicina

Anvisa identifica falsificação de Mounjaro; análise de produtos mostrou alto nível de impureza

Medicamento ainda não é comercializado no Brasil; canetas avaliadas por fabricante tinham bactérias

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) identificou um lote (220714) falsificado do medicamento Mounjaro, aprovado no Brasil em setembro de 2023 para o tratamento de diabetes tipo 2. O remédio ainda não é comercializado no Brasil e não há previsão para a chegada ao mercado nacional.

Segundo a fabricante Eli Lilly, a medicação anunciada com o nome do princípio ativo tirzepatida tinha problemas de segurança, esterilidade e eficácia.

Amostras recolhidas pela farmacêutica identificaram bactérias, altos níveis de impurezas, cores diferentes (rosa, em vez de incolor) ou estrutura química diferenciada dos medicamentos aprovados pela Lilly. Em pelo menos um caso, o produto nada mais era do que álcool.

Mounjaro (tirzepatida) não tem previsão para chegar às farmácias brasileiras - George Frey/Reuters

A farmacêutica também alerta para o anúncio de pílulas manipuladas ou outras versões orais de tirzepatida que não tiveram segurança e eficácia avaliada por órgão regulador. A única administração aprovada do medicamento é por injeção subcutânea.

O medicamento, embora aprovado para a síndrome metabolica, é usado para emagrecimento. Estudo feito pela fabricante mostrou que os participantes tiveram perda de até 26,6% do peso corporal.

Como alerta à população brasileira, a Eli Lilly publicou uma carta aberta para informar sobre os riscos graves de utilizar medicamentos falsificados e manipulados com o princípio ativo.

No documento, a empresa afirma que a tirzepatida é a única aprovada pelas autoridades de saúde e que é a fornecedora legal da molécula. Diz ainda que não fornece qualquer ingrediente ou princípio ativo para farmácias de manipulação ou qualquer outra empresa.

"Qualquer medicamento da Lilly sendo vendido por anúncio nas mídias sociais é ilegal. Esses produtos podem ser falsos ou estão sendo revendidos por indivíduos que os obtiveram por outros meios", diz trecho da carta.

O documento esclarece que os produtos que alegam conter tirzepatida não são inspecionados pelas autoridades regulatórias e podem ser fabricados em condições insalubres e inseguras. Além disso, podem não ter o princípio ativo, ou conter o princípio ativo incorreto, com dosagens erradas, ou até mesmo vários medicamentos misturados, o que pode resultar em problemas graves para a saúde.

De acordo com a Lilly, já foram vistos anúncios de pílulas, comprimidos, chip, spray nasal e outras versões orais de "tirzepatida". Nenhum órgão regulador avaliou a segurança ou eficácia de qualquer administração oral ou nasal da molécula.

Quem utilizou as versões falsificadas e manipuladas do medicamento deve procurar um médico.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas