Familiares de vítimas de incêndio são barrados no CT do Flamengo
Grupo foi ao local neste sábado para prestar homenagem um ano após a tragédia
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Neste sábado (8), dia que marca um ano do incêndio no Ninho do Urubu, familiares de algumas das dez vítimas foram ao local da tragédia para homenagear os garotos.
Debaixo de sol forte no Rio de Janeiro, amigos e parentes de Christian Esmério, Jorge Eduardo e Pablo Henrique se reuniram no centro de treinamento do Flamengo.
Com flores brancas e velas, apenas os familiares de Pablo entraram. Os seguranças acompanharam o grupo e impediram fotos. O restante das pessoas ficou do lado de fora, pois o clube informou que elas não haviam feito um pedido prévio.
Não havia representantes da diretoria do Flamengo no local, e aqueles que quiseram entrar nas dependências rubro-negras tiveram de esperar a liberação dos responsáveis pela portaria, que não permitiram o acesso.
Até a entrada na recepção foi vetada, o que revoltou os presentes. Na véspera, Reinaldo Belotti, CEO do clube, havia restringido o horário para a cerimônia. Diante da repercussão negativa imediata, o executivo mudou de ideia e disse que bastava combinar um horário pré-determinado.
"Se eu pudesse, nem colocava meus pés aqui. Eu vim acender uma vela para o Jorge e parece que estou aqui para aparecer. É humilhante", reclamou Simone, tia de Jorge Eduardo.
"Ter autorização para fazer uma oração é muito humilhante", protestou Wedson Cândido, pai de Pablo.
Procurada, a assessoria de imprensa do Flamengo ainda não se manifestou sobre o episódio.
Após cerca de uma hora e meia de espera por uma liberação do Flamengo, os presentes desistiram e foram embora do Ninho do Urubu inconformados.
Um ano depois do incêndio, o Flamengo ainda negocia indenizações com as famílias das vítimas. O clube já se acertou com três delas (de Gedinho, Athilia e Vitor Isaías), além do pai de Rykelmo —a mãe dele tenta anular o acordo.
Por determinação da Justiça, desde dezembro o Flamengo paga uma pensão mensal de R$ 10 mil para os parentes.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters