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Descrição de chapéu Tóquio 2020 Futebol Feminino

Formiga e Marta lideram maior delegação de jogadoras nordestinas em uma Olimpíada

Brasil estreia nos Jogos de Tóquio contra a China na próxima quarta-feira

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Maceió

Desde que o futebol feminino começou a ser disputado em Jogos Olímpicos, na edição de Atlanta, em 1996, Miraildes fez parte de todas as equipes do Brasil. Conhecida como Formiga, 43, ela é a única jogadora do país a atingir esse feito.

Baiana, a meio-campista liderará em Tóquio uma comitiva de seis atletas do Nordeste —de um total de 18 convocadas—, assim como foi em 1996, até então a maior representação de atletas da região no time feminino. A capitã e camisa 10 da seleção, Marta, é alagoana e esteve em todas as edições dos Jogos desde 2004, sendo a segunda mais longeva do elenco.

No Grupo F, a seleção brasileira entra em campo já nesta quarta (21), contra a China, às 5h (horário de Brasília). O jogo será disputado no Estádio de Miyagi e tem transmissão de Globo, SporTV e Bandsports. O segundo jogo é diante da Holanda, no dia 24. A última adversária dessa fase será a Zâmbia, dia 27.

O torneio olímpico de futebol feminino tem três grupos (E, F e G), e se classificam para às quartas de final os dois primeiros times de cada chave, além dos dois com melhor campanha entre as terceiras colocadas.

A meio-campista Formiga durante treino para jogo entre Brasil e Rússia - Richard Callis/SPP/CBF - 25.jun.2021

Aos 43 anos, Formiga conheceu todas as gerações nordestinas na seleção. A primeira contou com Suzy, Sissi, Didi, Tânia Maranhão, Nildinha e, claro, a própria Formiga. Já a atual terá as novatas Duda e Geyse, além das experientes Marta, Bárbara, Rafaelle e, claro, a própria Formiga.

Exceto em 2004, quando a capitã foi a paulista Juliana Cabral, a seleção feminina sempre teve uma nordestina liderando a equipe. Em 1996 e 2000, Sissi, baiana, estava com a braçadeira. Em 2008, a responsabilidade ficou com a maranhense Tânia, e desde a edição de 2012, Marta é quem lidera o grupo.

Quando a camisa 10, hoje com 35 anos, disse, após a eliminação na Copa de 2019, que a “seleção brasileira não teria uma Formiga para sempre, uma Marta para sempre”, fez uma previsão dura, porém verdadeira. Esta edição dos Jogos Olímpicos é, muito provavelmente, a última da dupla dentro de campo.

Por outro lado, o legado deve seguir. A nova geração de jogadoras do Nordeste na seleção tem dois nomes abaixo dos 26 anos, e o número poderia ter sido maior neste ano. A meio-campista piauiense Adriana, 24, porém, sofreu uma lesão no joelho e foi cortada na preparação para os Jogos, dando vaga a Angelina.

Mais nova entre as principiantes da região nos Jogos, a alagoana Geyse Ferreira, 23, saiu de Maragogi. Estreou pela seleção principal em 2017 e disputou a Copa de 2019. Pelas categorias de base, jogou a Copa sub-20 em 2016 e 2018. Atualmente, está no Madrid CFF, da Espanha. Já Duda, 26, é jogadora do São Paulo. Nascida no Recife, a atacante também é utilizada como meio-campista por Pia Sundhage.

De Atlanta-1996 até o Rio-2016, 13 diferentes jogadoras da região atuaram nos Jogos Olímpicos: Formiga (seis vezes), Tânia Maranhão e Marta (quatro vezes) foram as que mais representaram o Brasil. Além delas, a goleira Bárbara também vem de uma sequência de três Olimpíadas, iniciada em Pequim-2008.

Em relação à Rio-2016, Formiga, Marta, Bárbara e Rafaelle se mantiveram no plantel.

O Brasil ainda não conquistou o ouro no futebol feminino. Nas edições de Atenas-2004 e Pequim-2008, a seleção chegou à final, mas foi derrotada em ambas as ocasiões pelos EUA. Em 2008, inclusive, Pia, hoje técnica da equipe brasileira, era quem comandava a seleção americana. Ela ainda tem mais um ouro, conquistado em Londres-2012, com o time americano, e uma prata na Rio-2016, com a Suécia.

Confira o número de nordestinas do futebol por Olimpíada

Atlanta (1996): Suzy, Formiga, Sissi (c), Didi, Tânia Maranhão e Nildinha

Sydney (2000): Formiga, Sissi (c), Tânia Maranhão, Nildinha e Suzana

Atenas (2004)*: Formiga, Tânia Maranhão, Marta e Elaine

Pequim (2008)*: Formiga, Tânia Maranhão (c), Marta, Bárbara e Fabi

Londres (2012): Formiga, Marta (c), Bárbara e Fabi

Rio de Janeiro (2016): Formiga, Marta (c), Bárbara, Fabi e Rafaelle

Tóquio (2020): Formiga, Marta, Bárbara, Rafaelle, Duda e Geyse

*Conquista da medalha de prata.

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