Seleção de vôlei masculino promete disputar o bronze nas Olimpíadas como se fosse ouro
Técnico e jogadores reconhecem méritos do time russo e adotam discurso de brigar pelo pódio
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Imediatamente após a queda na semifinal das Olimpíadas de Tóquio, jogadores e comissão técnica da seleção masculina de vôlei adotaram discurso de que vão disputar a medalha de bronze como se fosse uma final olímpica.
Uma das favoritas ao ouro em Tóquio e finalista nas quatro últimas edições dos Jogos, a equipe brasileira mais uma vez não conseguiu superar os russos. Perdeu a semifinal de virada, por 3 sets a 1 (25/18, 21/25, 24/26 e 23/25), e ficou fora da disputa pelo ouro pela primeira vez desde Sidney-2000.
O adversário no confronto pelo bronze, marcado para sábado (7), será a Argentina. O duelo é uma reedição da também disputa pelo terceiro lugar do pódio dos Jogos de Seul-1988. Na ocasião, os argentinos levaram a melhor e venceram a disputa por 3 sets a 2 para ficar com a medalha.
“Eu já passei por isso [derrota na decisão do bronze], o nosso grande desafio é estar no pódio. Passei por uma experiência dessa em 1988, e é um gosto muito amargo [perder]”, afirmou o treinador da seleção.
O capitão e levantador Bruninho tem discurso semelhante. “Por mais difícil que seja, temos que apagar isso. O bronze conta muito para gente. Sabemos o quanto a gente merece, quanto a gente trabalha, se dedica”, disse o atleta.
O oposto Wallace reconheceu a superioridade dos adversários e disse que o time brasileiro vai disputar o bronze como uma final. “Não tem muito o que falar, tem que dar os méritos para eles. A gente pecou em alguns momentos, não conseguiu rodar algumas bolas e isso pesa bastante”, disse.
No duelo desta quinta, o Brasil venceu o primeiro set, perdeu o segundo e chegou a estar vencendo o terceiro por 20 a 12, mas tomou uma virada de 26 a 24. Os atletas não conseguiam esconder o abatimento, assim como o técnico Renan.
“A gente tenta buscar explicações [para o terceiro set], mas são coisas que acontecem no esporte. Não é a primeira vez, acompanho há muito tempo. No voleibol, às vezes, o adversário te trava, e você não consegue sair”, lamentou Renan. "Que fique o aprendizado para que em momentos assim a gente busque uma outra solução."
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