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Descrição de chapéu paralimpíadas

Brasil fecha campanha nas Paralimpíadas com recorde de medalhas e no top 5 pela primeira vez

País teve 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, e encerrou a competição no 5º lugar

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Maceió e Paris

O Brasil fez uma campanha de recordes nos Jogos Paralímpicos de Paris. Foram 25 ouros, superando os 22 conquistados em Tóquio-2020, e 89 medalhas no total, número muito superior às 72 da Rio-2016 e de Tóquio-2020. Somam-se aos ouros 26 pratas e 38 bronzes.

O país encerrou a competição no 5º lugar, algo que nunca havia feito. China, Grã-Bretanha, EUA e Holanda ficaram à frente.

Neste domingo (8), último dia da competição, o país conquistou dois ouros, com Tayana Medeiros (halterofilismo) e Fernando Rufino (canoagem), e uma prata, com Igor Tofalini (canoagem).

Carol Santiago liderou o Brasil nas Paralimpíadas, com cinco medalhas, sendo três de ouro - Reuters

Carol Santiago, da natação, liderou o número de medalhas, com três ouros e duas pratas, e se tornou a mulher com mais ouros na história do Brasil em Paralimpíadas. Ela também entrou no top-5 geral.

"Só vou avaliar e viver isso tudo quando a gente terminar aqui. Quando a gente vai se permitir viver e sentir tudo, todas as emoções do que a gente realizou aqui. Foi a mesma coisa em Tóquio", disse a paratleta, quando superou a marca de Ádria.

Em seguida, vem o nadador Talisson Glock, com um ouro, uma prata e dois bronzes.

Gabrielzinho, também da natação, foi outro grande personagem. Ele conquistou três ouros e se tornou celebridade em Paris, com status de sensação.

"Isso do povo francês me marcou muito. É sempre bom ser reconhecido pelo trabalho, mas levar uma grande torcida em um grande país pela pessoa que eu sou, eu diria que é mais uma medalha de ouro para o Gabrielzinho, a principal até", disse ele à Folha.

O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, comemorou o resultado, classificando-o como 'excepcional'.

"Em cada brasileiro pulsa hoje um coração Paralimpico", iniciou ele. "Não dá pra falar dos resultados sem voltar a 2017, quando elaboramos nosso plano estratégico. Ele trouxe duas mudanças importantes. Primeiro, a inclusão passou ao centro, não à periferia, do nosso propósito. E a gente passou a ter mais atletas", afirmou.

Segundo ele, o Brasil poderia ter conquistado ainda mais medalhas. "A campanha podia ser ainda melhor, perdemos duas provas por centésimos. Nossa equipe de goalball era favorita", lamentou, complementando que o país superou a meta.

"Além de ter sido um resultado extraordinário, com três modalidades que nunca tinham medalhado, triatlo, tiro e badminton, a gente avançou no halterofilismo, muito orgulho. Uma campanha irretocável. Nossa meta era 75 a 90. Era ficar entre os oito, ficamos entre os cinco. Muita sensação de que o trabalho compensa", analisou.

A ideia, agora, é ampliar o número de mulheres na delegação brasileira. "Essa delegação já teve 40% de mulheres. Se a gente olhar para China, mais de 60% das medalhas conquistadas por mulheres. Se a gente oportunizar, elas vão ser cada vez mais protagonistas".

O atletismo liderou o Brasil nas modalidades, com 34 pódios, seguido pela natação, que teve 24.

A cerimônia de encerramento das Paralimpíadas será neste domingo, às 15h30 (de Brasília), no Stade de France. Carol Santiago e Fernando Rufino serão os porta-bandeiras do Brasil.

O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, será iluminado com as cores da bandeira brasileira para homenagear a campanha do país nos Jogos.

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