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Chick Corea, lenda do jazz e pioneiro do teclado elétrico, morre aos 79 anos

Compositor era parte de grupo que emergiu como um dos mais influentes do piano do século 20

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São Paulo | AFP

Um dos maiores nomes do jazz americano, Chick Corea morreu nesta terça, aos 79 anos, vítima de câncer. A morte foi confirmada na sua página oficial no Facebook.

O pianista americano Chick Corea toca em festival de jazz em Vitoria, na Espanha, em 2013 - Rafa Rivas/AFP

Corea foi um dos principais músicos da chamada fusion, caminho que o jazz trilhou nos anos 1970 em busca de diálogos com o rock, o funk e o R&B.

Autor de "Spain", "La Fiesta" e "500 Miles High", é, ao lado de nomes como Herbie Hancock e Keith Jarett, considerado um dos mais influentes pianistas do século 20. Nunca deixou de tocar o piano acústico, apesar de ser considerado um pioneiro do teclado elétrico.

"Algumas pessoas ainda tem medo de sonoridades elétricas no jazz", disse Corea à Folha em entrevista em 2014, quando se apresentou no Festival Mimo em Ouro Preto e Olinda. "Mas são apenas sons. É uma maneira de experimentar com diferentes texturas, encontrar um sabor novo."

A banda mais famosa de que Corea participou foi a Return to Forever, que ele ajudou a fundar em 1971 —ela tinha entre seus membros dois brasileiros, Airto Moreira e Flora Purim.

Mas Corea já era um nome reconhecido desde o fim da década de 1960. Na época, gravou com nomes fundamentais do jazz, como Stan Getz, Dizzy Gillespie, Mongo Santamaria e Sarah Vaughan.

Outra verdadeira lenda com quem Corea gravou foi Miles Davis. Ele toca piano elétrico em dois discos dele —"In a Silent Way", de 1969, e "Bitches Brew", de 1970.

A nota publicada na página oficial de Corea no Facebook afirma que, por meio de sua vida e sua carreira, ele aproveitou a liberdade e a diversão de criar algo novo. Ainda traz uma mensagem do próprio músico, em que agradece aos amigos e a todos que, ao longo de seu caminho "ajudaram as chamas da música a continuar queimando forte".

"É minha esperança que aqueles que se sentirem inclinados a tocar, escrever, atuar ou algo similar, o façam. Se não for por vocês, que seja pelo resto de nós. Não só o mundo precisa de artistas, como também é muito divertido", afirma ele em fala reproduzida pelo comunicado.

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