Longe da TV Globo, de onde foi demitida durante a pandemia, Vera Fischer está de volta aos palcos com a peça "Quando Eu For Mãe Quero Amar Desse Jeito". A segunda temporada do espetáculo, em que Fischer contracena com Mouhamed Harfouch e Larissa Maciel, estreia no Rio de Janeiro nesta sexta.

É fora dos palcos, no entanto, que a atriz tem chamado cada vez mais atenção. No auge de seus 70 anos, a atriz sustenta um status semelhante ao de blogueirinha e usa as redes sociais como plataforma para comentar assuntos que vão de livros, filmes e séries à política do país, que ela considera ter regredido durante o governo de Jair Bolsonaro.

Este regresso não se restringe a áreas como saúde e edução, mas prejudica fortemente seu próprio setor, o das artes, diz Fischer, que ficou "muito mais furiosa" depois que saiu da Globo. Agora, ela se considera "mais aliada" ao setor.

"A gente leva muito pau porque é artista. Dizem que não prestamos e não somos necessários. Mas o povo precisa da arte. É o alimento da alma", diz. "A gente precisa de incentivo. Não dá para continuar fazendo peça sozinha, sem patrocínio. Tem que tirar o dinheiro do bolso."

• Leia a entrevista com Vera Fischer na íntegra