Alain Touraine era apaixonado por tudo que é mutável, diz Edgar Morin
Texto em homenagem ao colega morto lembra que os dois sociólogos franceses trabalharam juntos na França e no Chile
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O sociólogo Edgar Morin publicou no jornal francês Le Monde, nesta segunda-feira (12), um texto em homenagem a Alain Touraine, amigo e colega de profissão que morreu na última sexta-feira.
A dupla trabalhou junta no Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), da França. Ambos ingressaram na instituição em 1951. Segundo o colega, Touraine foi influenciado pelos estudos de Georges Friedmann sobre o trabalho e ingressou no CNRS sob sua influência.
"Rapidamente, ele foi adotado pelos maiores da sociologia, mas permaneceu totalmente independente, como mostrou em particular durante os eventos de Maio de 68, compreendendo plenamente as revoltas estudantis e populares e suas consequências", escreveu Morin.
Os dois se encontrariam também em Santiago do Chile quando, a convite de Friedmann, se juntariam ao corpo de uma escola de ciências sociais criada pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
"Nós dois nos apaixonamos pelo Chile e mais amplamente pela América Latina, da qual ele se tornou um dos melhores conhecedores do ponto de vista sociológico e humano. Sentimos esta paixão comum durante toda a nossa vida."
"Enquanto a maioria dos sociólogos trabalha com o que não muda, ele era uma daquelas raras pessoas apaixonadas por tudo que é móvel, mutável, edificador, criativo", avalia sobre Touraine.
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