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Morre o cineasta Toni Venturi, aos 68 anos, no litoral norte de São Paulo

Diretor de 'Rita Cadillac - A Lady do Povo' e 'A Comédia Divina', ele foi um dos presidentes da Associação Paulista de Cineastas

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São Paulo

Morreu na tarde deste sábado, aos 68 anos, o cineasta Toni Venturi, em São Sebastião, no litoral de São Paulo, após se sentir mal enquanto nadava na praia.

O cineasta Toni Venturi, no Cinema Reserva Cultural, em 2023 - Greg Salibian/Folhapress

Formado em cinema pela Universidade Ryerson, do Canadá, há 40 anos, Venturi dirigiu os longas de ficção "Latitude Zero", de 2002, "Cabra-Cega", de 2005, "Estamos Juntos", de 2011, e "A Comédia Divina", de 2017. Entre os documentários, dirigiu "O Velho – A História de Luiz Carlos Prestes", premiado no festival É Tudo Verdade de 1997, e "Rita Cadillac – A Lady do Povo", de 2010.

O cineasta estava trabalhando em um documentário de nome "Uma História da Mídia", sobre a evolução dos meios de comunicação de massa, a produção de informação e as mídias digitais. O filme seria construído a partir de entrevistas com jornalistas e especialistas em comunicação e tinha como objetivo entender o contexto histórico, econômico e tecnológico que criou um mundo conectado à internet 24 horas por dia e como isso impacta a vida das pessoas.

O diretor foi presidente da Associação Paulista dos Cineastas em 2001. Em 2020, Venturi fez parte da comissão que selecionou o documentário "Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou", de Bárbara Paz, para concorrer ao Oscar, junto com diretor de fotografia Lula Carvalho, os produtores Clelia Bessa, Leonardo Monteiro de Barros e Renata Magalhães, e os cineastas Viviane Ferreira, e André Ristum.

Naquele ano, durante a gestão Jair Bolsonaro, pela primeira vez, o governo federal não teve nenhuma participação neste processo de escolha.

Ele deixa a mulher, a atriz Débora Duboc, e dois filhos, Theo e Otto. O velório será realizado nesta segunda, na Cinemateca Brasileira, na Vila Clementino, em São Paulo, das 13h às 20h. A cremação será realizada na terça-feira, ainda sem horário e local.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos que prestaram homenagem ao cineasta. "Sempre trabalhou por um cinema nacional forte, atuando para a organização e o desenvolvimento do nosso setor audiovisual e por um Brasil democrático, com cultura, consciência social e solidariedade. Meus sentimentos e solidariedade para seus familiares, em especial sua esposa, Débora e filhos Theo e Otto, amigos, colegas e admiradores", postou o presidente nas redes sociais.

"Despedimo-nos ontem de Toni Venturi, que nos deixou aos 68 anos. Cineasta brilhante, fortaleceu o cinema nacional e o audiovisual brasileiro. Sempre trabalhou para nossa cultura e democracia. Seus filmes são legados de sua genialidade e humanidade. Obrigado por tudo, Toni", escreveu a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

"Sem palavras para expressar a dor pela morte de Toni Venturi. Deixa um vácuo no coração dos amigos e uma filmografia vigorosa como poucas de nossa geração. Jamais agradecerei o bastante por seu engajamento na consolidação do É Tudo Verdade. Meus sentimentos a Débora, Otto e Theo", escreveu o cineasta Amir Labaki.

"É com grande tristeza que recebi a surpreendente noticia da passagem do meu querido amigo Toni Venturi, grande cineasta, diretor de vários filmes importantes, ativista em defesa da cidadania cultural e, sobretudo, um pessoa maravilhosa, solidária e afetuosa", disse o arquiteto e professor Nabil Bonduki.

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