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Estrela da Casa é respiro no formato reality, mas música pode ser pano de fundo

Nova atração das noites na Globo põe artistas num programa de convivência, onde carisma é mais importante que talento

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O novo reality show da Globo Estrela da Casa, estreado na noite de terça-feira (13), pode ser um respiro no formato dos atuais realities na TV aberta e fechada. Isso porque, com exceção da humorista Nicole Louise, os competidores do programa são majoritariamente desconhecidos para os espectadores. Diferente do que acontece nos grandes realities competitivos, como o Big Brother Brasil e A Fazenda, que contam com famosos no elenco.

O programa de disputa musical também difere de outros do gênero pelo adicional da convivência: além de provar o talento, como em atrações como Ídolos e The Voice Brasil, os participantes também permanecerão 50 dias confinados na famosa casa do BBB, enfrentando os problemas e aproveitando as oportunidades que o tempo extra de tela pode trazer.

Os 14 participantes escolhidos pela Globo para participar do reality têm múltiplas identidades raciais, sexuais e de gênero, e pertencem a quase todas as regiões do Brasil, com exceção do sul. Muitos gêneros musicais também aparecem como a especialidade dos artistas competidores –o funk, o rap e o sertanejo, gêneros mais ouvidos no país, contam com representantes no programa, que é conduzido pela divertida Ana Clara Lima, uma aposta acertada da emissora.

A dinâmica do reality é a seguinte: toda semana os participantes disputam os títulos do "hitmaker", (quem tiver o single mais ouvido na semana, lançado às quartas), a "estrela da semana" (quem receberá ensinamentos dos artistas e especialistas que visitarão o programa), e o "dono do palco" (vencedor de uma prova de habilidades musicais, aos sábados). Aos domingos, serão formadas as "batalhas" (que funcionam como os paredões do BBB, mas com apresentações de cada músico), e às terças alguém sai por votação do público.

A música, então, é central para o funcionamento do programa. E uma grande carreira artística é o objetivo do prêmio de "Estrela da Casa", que garantirá ao vencedor um contrato com a gravadora Universal Music, gerenciamento de carreira e uma turnê pelo Brasil, além de R$ 500 mil. Mas a atração levanta a questão: é possível construir uma grande estrela da música brasileira via um reality musical?

Alguns poucos exemplos vêm à tona –em especial o girl group Rouge e a boy band Br'oz, formados respectivamente na primeira e segunda temporadas do reality Popstar, do SBT. Mas mesmo o Rouge, maior que seu contraponto masculino e que conquistou 2 milhões de vendas com seu álbum de estreia em 2002, não teve tanta longevidade. Outros realities de competição musical, como os supracitados Ídolos e The Voice Brasil, falharam em produzir estrelas musicais de grande porte.

Com o adicional da convivência, é capaz de a música acabar ficando como pano de fundo para os conflitos e afetos que podem surgir nas interações do elenco. O momento mais divertido da estreia, que contou com os participantes fazendo uma "jam" no estúdio disponibilizado na casa, foi uma fofoca entre competidoras que não quiseram dormir no mesmo quarto. É bem possível que Estrela da Casa seja uma adição agradável às noites de inverno na TV Globo, mas o formato da atração garante apenas que seu vencedor seja um sucesso nas redes, e não nos palcos.

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