Spotify vai à Bolsa de forma incomum
Ações começarão a ser negociadas sem que haja antes uma oferta pública inicial
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O Spotify está levando adiante sua ideia de abrir o capital de maneira incomum. O serviço revelou planos para apresentações a investidores via streaming, em lugar de um road show convencional.
Os principais executivos da empresa, entre os quais o presidente-executivo e fundador, Daniel Ek, e o vice-presidente financeiro, Barry McCarthy, serão os apresentadores em um programa online para investidores que acontecerá em 15 de março.
O objetivo do evento é "democratizar a informação" fornecida aos potenciais acionistas --abandonando o processo conduzido a portas fechadas que caracteriza uma oferta pública inicial tradicional, de acordo com pessoas informadas sobre os planos.
A startup sueca apresentou nesta semana a documentação referente à sua oferta pública de ações na Bolsa de Nova York. A empresa não conduzirá um processo típico de oferta pública inicial. Em lugar disso, as ações do Spotify começarão a ser negociadas em Bolsa sem uma oferta pública inicial anterior ao lançamento.
A empresa foi avaliada em US$ 19,7 bilhões, com base na média de diferentes transações de vendas de ações conduzidas em fevereiro, o que a aproxima da avaliação da Snap, a controladora do Snapchat, no momento de sua oferta pública inicial, em 2017.
Números
Os documentos oferecem o retrato mais completo sobre o desempenho da empresa até o momento. O Spotify tem o dobro dos assinantes da Apple Music, sua principal rival, mas vem enfrentando prejuízos cada vez maiores.
O serviço de streaming contrariou as previsões e se tornou líder do mercado mundial de música apesar da concorrência cada vez mais forte das maiores empresas mundiais de tecnologia, como Apple, Amazon e Google. A empresa vem conquistando assinantes pagantes rapidamente, com 151 milhões registrados, 71 milhões dos quais pagam cerca de US$ 10 ao mês por acesso ao seu acervo de canções. A Apple Music tem 36 milhões de pagantes.
Mas o negócio vem encontrando dificuldades para sair do vermelho, já que as empresas de streaming destinam a maior parte de seu faturamento a pagar às grandes gravadoras, cujos catálogos de canções elas veiculam. De acordo com os documentos, o Spotify já pagou US$ 10 bilhões ao setor de música desde que a empresa foi criada, há 12 anos, em Estocolmo.
A empresa anunciou faturamento de 4,09 bilhões em 2017, 38% acima do ano anterior, e um prejuízo operacional de 378 milhões.
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