Siga a folha

Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

'Vamos fazer reforma da Previdência', diz Onyx

Chefe da Casa Civil diz que pontos da proposta serão apresentados a Bolsonaro nos próximos dias

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

Após a primeira reunião ministerial do presidente Jair Bolsonaro e sua equipe, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não quis dar detalhes sobre o conteúdo da reforma da Previdência, mas garantiu que o governo implementará mudanças nas regras de aposentadoria.

"Só uma palavra: nós vamos fazer a reforma da Previdência", respondeu ao ser questionado sobre o tema.

Segundo Onyx, entre sexta-feira (4) e o início da próxima semana, a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), vai fazer uma apresentação sobre os principais pontos da reforma a Bolsonaro.

A declaração assertiva do ministro sobre o projeto ocorre um dia depois de Guedes apresentar um plano B para o caso de frustração com a reforma no Congresso. 

Segundo o chefe da equipe econômica, caso não seja possível conquistar o apoio necessário de parlamentares para mexer nas regras de aposentadoria, o governo vai propor alterar todo o funcionamento do Orçamento, retirando as regras de vinculação e indexação dos gastos públicos.

No segundo dia de trabalho após assumir a Presidência, Bolsonaro se reuniu com seus 21 ministros e com Roberto Campos Neto, indicado para assumir o Banco Central. A escolha do dirigente da autoridade monetária ainda depende de aprovação do Congresso e, por isso, ele é o único que ainda não assumiu o cargo. 

Questionado sobre uma declaração feita pelo presidente na manhã desta quinta, que prometeu arrecadar R$ 7 bilhões com concessões, Onyx não soube detalhar quais obras seriam oferecidas à iniciativa privada. 

"Algumas coisas estão prontas para serem assinadas. São obras feitas ou em andamento, como o aeroporto de Porto Alegre", disse. Segundo ele, isso deve ser detalhado na próxima semana, para quando está prevista uma nova reunião ministerial.

Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil, em Brasília - REUTERS

Bolsonaro afirmou pelas redes sociais que seu governo vai atrair “rapidamente” investimentos com concessões.

“Rapidamente atrairemos investimentos iniciais em torno de R$ 7 bi, com concessões de ferrovia, 12 aeroportos e 4 terminais portuários. Com a confiança do investidor sob condições favoráveis à população resgataremos o desenvolvimento inicial da infraestrutura do Brasil”, escreveu no Twitter, sem dar detalhes. 

O número estimado pelo presidente equivale a menos de dois dias de arrecadação de impostos e tributos feita pela Receita Federal. Segundo o órgão, o país recolheu R$ 1.315,6 bilhões entre janeiro e novembro deste ano, o que corresponde a uma média diária de R$ 3,9 bilhões. 

O valor de R$ 7 bilhões é também muito inferior ao que o ministro da Economia, Paulo Guedes, espera arrecadar no total com privatizações, concessões e desestatizações. Ele estima levantar R$ 700 bilhões com essas medidas, o que ajudaria a reduzir a zero o déficit de 2019, hoje previsto em R$ 139 bilhões.

Zerar o deficit das contas públicas é uma promessa de campanha de Bolsonaro, mas que especialistas acreditam que dificilmente essa meta conseguirá ser alcançada. 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas