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Enforce, do BTG, compra dívida bancária da Editora Abril

Fabio Carvalho deve aprovar plano de recuperação da empresa em assembleia de credores

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São Paulo

A Enforce, empresa de recuperação de créditos do banco BTG, melhorou sua proposta e fechou a compra da dívida bancária do Grupo Abril, que estava nas mãos de Itaú, Bradesco e Santander.

Com o negócio, a companhia se torna o maior credor do Grupo Abril, dono da Editora Abril, que está em recuperação judicial desde agosto com uma dívida total de R$ 1,6 bilhão. A dívida bancária chegava a R$ 1,1 bilhão.

A Enforce e o BTG estão entrando no negócio em conjunto com o empresário Fabio Carvalho, especialista em ativos problemáticos. No fim do ano passado, Carvalho adquiriu as ações que pertenciam a família Civita no Grupo Abril.

Com seus aliados como maiores credores, é praticamente certo que Carvalho aprovará seu plano de recuperação da companhia na assembleia de credores, prevista para 19 de março. Além da dívida bancária, a Abril também deve dinheiro para fornecedores e ex-funcionários. A dívida trabalhista soma R$ 90 milhões.

“Superamos mais um importante passo no processo de recuperação do Grupo Abril. Os esforços seguem concentrados na conclusão da aquisição do grupo e nas negociações que vão viabilizar a aprovação do plano de recuperação judicial”, disse Carvalho por meio de comunicado. 

Para adquirir a dívida da Editora Abril, a Enforce enfrentou a concorrência do Guilder Capital, apoiado por um grupo de empresários, e da Jive Asset, também especializada em reestruturação. As negociações entre os interessados e os bancos foram complicadas e quase naufragaram.

No início, a empresa do BTG havia oferecido um desconto de 92% da dívida e nenhuma participação na venda de ativos. Bradesco, Itaú e Santander responderam que, embora não quisessem ser os responsáveis pela falência da Editora Abril e já tivessem reconhecido o prejuízo em seus balanços, não fechariam nesses termos.

Na terça-feira, chegou uma contraproposta da Enforce. O desconto na dívida continuava o mesmo, mas os bancos teriam a direito a uma parte do que for arrecadado com a venda do prédio onde fica a gráfica da Abril na capital paulista. O valor recuperado pelos bancos, portanto, vai depender da venda desse ativo. Ainda assim, o calote deve ser expressivo.

Fachada do prédio da Abril na marginal Tietê, em São Paulo - Mastrangelo Reino/Folhapress


 

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