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Apple quer tirar até 30% de sua capacidade de produção da China, diz jornal

Pedido da companhia foi resultado da guerra comercial, mas resolução não levará a mudança na decisão

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Bangalore (Índia) | Reuters

A Apple pediu a seus principais fornecedores que avaliem as implicações de custos de transferir entre 15% e 30% de sua capacidade de produção da China para o Sudeste Asiático, conforme se prepara para uma reestruturação de sua cadeia de fornecimento, publicou o jornal Nikkei Asian Review nesta quarta-feira (19).

O pedido da Apple foi resultado da disputa comercial sino-americana, mas uma resolução comercial não levará a uma mudança na decisão da empresa, disse o Nikkei, citando várias fontes.

Loja da Apple em Xangai, na China - Hector Retamal/AFP

A fabricante do iPhone decidiu que os riscos de depender fortemente de fabricação na China são grandes demais e até mesmo crescentes.

As principais fábricas do iPhone, Foxconn, Pegatron, Wistron, a maior fabricante dos computadores MacBook, Quanta Computer, a montadora de iPads, Compal Electronics, e as produtoras dos Airpods, Inventec, Luxshare-ICT e Goertek foram convidadas a avaliar opções fora da China, informou o Nikkei.

Os países considerados incluem México, Índia, Vietnã, Indonésia e Malásia. Índia e Vietnã estão entre os favoritos para smartphones, disse o Nikkei, citando fontes.

Analistas da Wedbush Securities disseram que, no melhor dos casos, a Apple poderia movimentar de 5% a 7% de sua produção de iPhone para a Índia nos próximos 12 a 18 meses.

Dada a complexidade e a logística envolvidas, o jornal publicou que levaria pelo menos 2 a 3 anos para transferir 15% da produção de iPhones da China para outras regiões.

"Acreditamos que tudo isso é um jogo de pôquer e a Apple não diversificará a produção da China da noite para o dia e certamente um acordo de longo prazo entre EUA e China é fundamental para Tim Cook, presidente-executivo da Apple, dormir bem à noite", disseram analistas da Wedbush.

Um prazo não foi definido para os fornecedores finalizarem suas propostas comerciais, disse o Nikkei, acrescentando que levaria pelo menos 18 meses para começar a produção depois de escolher um local.

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