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Casa dos Ventos investirá R$ 2,4 bilhões em parque eólico no RN

Projeto prevê uma expansão futura que praticamente dobraria capacidade de geração

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São Paulo

A Casa dos Ventos, que desenvolve projetos de energia, anunciou nesta terça-feira (18) investimentos de R$ 2,4 bilhões para instalar um parque eólico no Rio Grande do Norte, o Rio dos Ventos.

O projeto, que deve iniciar sua operação em no segundo semestre de 2021, terá potência instalada de 450 MW, e será equipado por 106 turbinas eólicas da fabricante Vestas. O valor do contrato não foi divulgado.

O empreendimento prevê uma eventual expansão da capacidade de geração de energia. Poderá chegar a 950 MW. 

Quando estiver totalmente operacional, o parque eólico produzirá energia suficiente para suprir a demanda de 1 milhão de casas.

Cerca de 95% da energia a ser gerada, porém, será destinada a grandes consumidores por meio do mercado livre, segundo estimativa do diretor de projetos da Casa dos Ventos, Lucas Araripe.

A Casa dos Ventos pretende replicar nos próximos projetos a estratégia adotada no complexo, segundo Araripe, negociando uma parcela mínima de energia em leilões do governo para depois buscar contratos no mercado livre.

"Hoje vejo muito pouca probabilidade de viabilizarmos projetos 100% via leilão [de energia, no mercado regulado]. Enxergamos como um primeiro passo, mas os preços não viabilizam retornos (adequados) se você vender todo projeto ao preço do leilão", diz ele.

Os valores pagos pela energia leilões federais têm caído em meio a um forte interesse de investidores pelos contratos e a uma baixa demanda por energia dos novos projetos, fatores que acirram a competição nos certames, nos quais vencem as usinas com menor tarifa final.

"Dividiremos a área em sete grandes lotes. Já negociamos com empresas que tenham interesse em fechar contratos. A gente quer abrir às empresas a possibilidade de investir na usina. O cliente figuraria como autoprodutor, que tem isenção de encargos setoriais", afirma.

O complexo eólico é dividido em diversas usinas, e eventualmente os interessados poderão até fechar contratos que incluam uma opção de compra futura de uma ou mais unidades do parque.

Entre 60% e 70% do valor do projeto será financiado por meio de dívida. A empresa buscará financiamentos junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ao Banco do Nordeste para o empreendimento. O restante será bancado com recursos próprios.

O contrato assinado com a Vestas inclui a manutenção dos equipamentos por 20 anos, segundo Rogério Zampronha, presidente da companhia.

"Nós produzimos 70% dos componentes no Brasil. Dos grandes elementos da turbina, as pás são feitas no em nossa fábrica no Ceará, as torres em fornecedores na Bahia ou Pernambuco", diz.

Com Reuters

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