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Descrição de chapéu Governo Bolsonaro

'Alguém perderá a cabeça', diz Bolsonaro sobre acusação de presidente da ABDI contra Carlos da Costa

Em entrevista à Veja, Ferreira acusa o secretário de Produtividade de fazer 'pedidos não republicanos'

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ameaçou demitir, nesta segunda-feira (2), o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, e o presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Luiz Augusto de Souza Ferreira.

Referindo-se a acusações feitas por Ferreira contra Carlos da Costa na revista Veja, Bolsonaro disse que, no mínimo, um dos dois "vai perder a cabeça".

Em entrevista à Veja, o presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), Luiz Augusto de Souza Ferreira, acusa o secretário de Produtividade de fazer 'pedidos não republicanos' - Adriano Machado/Reuters

A publicação trouxe uma entrevista em que Ferreira acusa o secretário de Produtividade de fazer "pedidos não republicanos". 

"Eu tomei conhecimento, estou louco para saber. Já entrei em contato com o Paulo Guedes [ministro da Economia] e quero saber que pedido é esse. Um dos dois, no mínimo, vai perder a cabeça", disse Bolsonaro. 

"Não pode ter uma acusação dessas. Vão dizer que ele ficou lá porque tem uma bomba debaixo do braço. Não é esse o meu governo. Já determinei para apurar e um dos dois, ou os dois, perderão a cabeça", complementou o presidente. 

Segundo a revista, Carlos da Costa decidiu demitir Ferreira, mas o presidente da ABDI não aceitou a determinação. Ferreira disse que só deixará o cargo após ordem nesse sentido de Bolsonaro.

Interlocutores que acompanham o tema disseram à Folha, sob condição de anonimato, que desde a semana passada o governo já vinha trabalhando com o nome de um substituto para Luiz Augusto Ferreira à frente da ABDI. 

A ideia era que o cargo fosse ocupado por Igor Calvet, que hoje é o número dois da secretaria liderada por Carlos da Costa. Interlocutores no Palácio do Planalto disseram à Folha que até o momento não receberam orientação do presidente para interromper a troca.

Na entrevista, Ferreira não especificou que pedidos não republicamos lhe foram feitos pelo secretário de Produtividade, mas disse que se recusou a atendê-los.

"Não tenho a menor dúvida que o motivo da discussão da minha saída é o ódio do secretário Carlos da Costa porque não atendi aos pedidos não republicanos dele e os quais, inclusive, tenho provas para apresentar para o presidente", disse Ferreira na entrevista.

Nesta segunda-feira, o porta-voz da presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou que Bolsonaro aguarda esclarecimentos sobre o caso e que o secretário de Produtividade está tomando as providências judiciais para interpelar Ferreira. 

 

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