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A guerra dos preços no espaço aéreo fez uma segunda vítima em apenas uma semana na França. Após o fechamento da Aigle Azur, a justiça anunciou nesta sexta-feira (4) a falência da XL Airways, mais uma companhia low cost do país. A decisão provocará a demissão de 570 funcionários.
O anúncio foi feito durante a tarde no Tribunal de Comércio de Bobigny, na periferia de Paris. Alguns funcionários foram até o local para ouvir a sentença. "É difícil para todos os empregados. Claro que estamos muitos tristes, mas também muito preocupados, pois não sabemos qual será o nosso futuro", declarou Philippe Negre, representante dos trabalhadores. Todos serão demitidos em um prazo máximo de 21 dias.
A justiça anunciou a falência após ter recusado a única oferta de compra da companhia. A proposta foi feita por Gérard Houa, acionista minoritário da Aigle Azur, que também teve a sua falência declarada na semana passada. Ele havia oferecido 30 milhões de euros (R$ 133 milhões) para adquirir a empresa e preservar metade dos funcionários. Mas o tribunal considerou que o projeto apresentado não permitiria garantir a perenidade da atividade.
Aline Chanu, advogada da XL, vê a decisão como uma "catástrofe social" provocada pela concorrência desleal de algumas companhias. Segundo ela, "se o Estado não fizer nada, outras empresas vão falir."
Dez companhias fechadas em 18 meses
Em 18 meses, cerca de dez companhias aéreas fecharam suas portas na Europa, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA na sigla em inglês). As falências atingem principalmente empresas que não suportam a guerra de preços imposta por concorrentes, que propõem voos cada vez mais baratos.
A XL Airways transportou cerca de 730 mil passageiros em 2018. Com quatro aviões Airbus A330, todos em leasing, ela operava rotas principalmente para os Estados Unidos e as Antilhas. A empresa também tinha alguns voos para a Ilha da Reunião e para a China. A companhia vendia passagens de ida e volta entre Paris em Nova York a partir de 179 euros (menos de R$ 800).
Erramos: o texto foi alterado
A oferta feita por Gérard Houa para a compra da XL Airways equivale a R$ 133 milhões, e não a R$ 1,3 bilhão. A informação foi corrigida.
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