Petrobras corta preço da gasolina em 15%; diesel não terá ajuste
É a oitava redução no ano, mas repasses ao consumidor ainda são pequenos
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A Petrobras anunciou nesta terça (24) novo corte no preço da gasolina, em resposta à redução das cotações internacionais do petróleo em meio à pandemia do novo coronavírus. Desta vez, a queda será de 15%. O preço do diesel não será alterado.
É o oitavo corte no preço da gasolina em 2020 — o terceiro em um período de doze dias. No ano, o preço de venda do combustível nas refinarias da estatal acumula queda de 40%. O diesel, que teve sete cortes, já caiu 29%.
Com a decisão anunciada nesta terça, o preço médio de venda nas refinarias da estatal passará a R$ 1,1458 por litro, o menor valor desde outubro de 2011, de acordo com levantamento feito pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
Desde a semana passada, diante das perspectivas de redução da demanda com as medidas de isolamento social para enfrentar a pandemia, o petróleo Brent, referência global negociada em Londres, vem sendo negociado em níveis do início dos anos 2000.
O repasse às bombas depende de estratégias comerciais de postos e distribuidoras e de políticas tributárias dos estados. Segundo a Petrobras, o preço de refinaria representa 27% do valor de venda da gasolina nos postos.
O resto são margens de lucro e impostos federais e estaduais. O ICMS, cobrado pelos estados, representa 30% do preço final e é revisto uma vez a cada 15 dias, retardando o repasse ao consumidor dos reajustes nas refinarias.
De acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu apenas 1,5% desde o início do ano - de R$ 4,555 na última semana de dezembro para R$ 4,486 por litro na semana passada. Com cara tributária menor, o diesel vem caindo mais nas bombas. Entre o fim de 2019 e a semana passada o preço médio do combustível nos postos passou de R$ 3,751 para R$ 3,586 por litro, redução acumulada de 4,4%.
Na segunda (23), a Fecombustíveis (Federação do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes) disse à Folha que os postos já vêm sentido queda no consumo após o início das medidas de isolamento social em alguns estados brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, as vendas na quinta (19), foram 39% menores do que a média histórica para a cidade.
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