Boeing prevê demanda por 99 mil tripulantes na América Latina nos próximos 20 anos
Em seu último relatório, empresa projeta necessidade de 50 mil novos pilotos na região
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Apesar da crise atual em que se encontra o setor aéreo, levando as empresas a demitirem em massa, a Boeing prevê uma retomada das contratações no pós-pandemia.
Até 2039, a empresa projeta uma demanda por 763 mil novos pilotos no mundo, sendo 50 mil somente na América Latina. Deses 50 mil, serão 36 mil para a aviação comercial e 14 mil para a aviação geral, executiva e helicópteros.
A demanda por comissário, por sua vez, será de 903 mil novos profissionais, sendo 49 mil na América Latina, segundo a estimativa da Boeing. Destes, apenas 2 mil não serão para a aviação comercial, e sim para a executiva.
“Nas décadas recentes, a aviação passou por forças externas que afetaram a demanda, como o 11 de setembro, o Sars e a Grande Crise Financeira de 2008. A recuperação aconteceu nos anos seguintes e sempre com a regra primária do crescimento constante do volume de passageiros se mantendo firme”, afirma a empresa em seu último relatório.
A fabricante americana aponta que já existia uma escassez de pilotos (ao menos nos EUA e parte da Europa) antes da crise provocada pelo novo coronavírus. Para o futuro, a empresa estima que muitos profissionais afastados ou demitidos nos últimos meses irão encontrar empregos no setor governamental e em aviação geral e executiva, áreas em que também faltavam profissionais.
Outro ponto destacado é que, com os programas de aposentadoria antecipada e incentivada, muitos aviadores mais velhos decidiram se aposentar, seja pelas vantagens extras oferecidas ou pelo temor de exposição ao vírus, já que estão na faixa etária mais vulnerável à doença.
A Boeing também prevê uma crescente demanda para comissários de voo, destacando que sua função passa a ser cada vez mais voltada à segurança.
Essa mudança se relaciona com a própria pandemia, que aumento o nível de exigência dos passageiros com higiene, sanitização e segurança.
As projeções são similares às feitas em 2018, o que indica que a crise deverá fazer com que dois anos da aviação sejam perdidos. Todo o relatório da Boeing, incluindo projeções em cada região do globo, estão disponíveis neste link.
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