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Descrição de chapéu Reforma tributária

Maia quer votar projeto que unifica PIS e Cofins neste ano, mas vê resistência

Aprovação seria primeiro passo para que próximo presidente da Câmara conclua reforma tributária

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Brasília

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia ser possível votar na semana que vem o projeto enviado pelo governo que unifica o PIS e o Cofins, mas afirma que o texto tem mais resistência que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária.

Maia reuniu jornalistas em um café da manhã nesta quarta-feira (16). Na conversa, ele afirmou que a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) seria o primeiro passo para a unificação dos impostos.

“Acho que, se conseguíssemos aprovar só a CBS, seria um primeiro passo para que o próximo presidente da Câmara, a próxima Câmara, aprovasse o resto e já introduzisse a CBS na transição do IVA.”

O presidente da câmara deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro Paulo Guedes (Economia) - Pedro Ladeira - 11.ago.2020/Folhapress

O deputado afirmou que a aprovação seria uma boa sinalização para melhorar o ambiente de negócios do país e resolver conflitos administrativos e judiciais provocados por causa da legislação de PIS e Cofins.

“Seria um primeiro passo para redução de despesa tributária, para redução de custo de administração tributária, e uma sinalização clara que no primeiro trimestre você aprovaria o resto da PEC, unificando todos os impostos”, disse.

Na avaliação dele, com o pouco tempo até o fim dos trabalhos legislativos deste ano, é mais fácil votar o projeto de CBS do que a proposta de emenda à Constituição. “A PEC tem mais apoio que a CBS. Mas, como é projeto de lei, se a gente conseguir organizar o texto, a gente pode tentar votar.”

Sem consenso, o governo adiou a apresentação das demais propostas de reforma tributária para 2021.

A ideia era deixar Maia, que dizia ter votos suficientes para aprovar o projeto, buscar um acordo com os líderes da Câmara. Mas as negociações entre integrantes do Congresso também não avançaram como queriam os aliados de Maia.

Até hoje, o ministro Paulo Guedes (Economia) enviou apenas a primeira fase da proposta de reforma tributária defendida por ele —o projeto que funde PIS e Cofins na chamada CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços).

Mas a proposta defendida por líderes da Câmara é mais ampla (com a junção de IPI, ICMS, ISS, Cofins e PIS) e com uma transição mais lenta. Portanto, essa reforma inclui tributos federais, estaduais e municipais. O imposto, resultado da fusão, seria chamado IBS (imposto sobre bens e serviços).

Para conseguir apoio inclusive da oposição, o relator estuda incluir um dispositivo para que uma lei crie uma cobrança de Imposto de Renda sobre a distribuição de lucros e dividendos. A medida reduz a resistência nos partidos de esquerda, mas só valeria após a aprovação de outro projeto de lei.

Também está em discussão um tratamento diferenciado no IBS para os setores de saúde, educação e transportes.

A primeira fase da reforma tributária de Guedes foi entregue ao Congresso em 21 de julho.​

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