Siga a folha

Alta do desemprego trava mobilidade social e consumo da baixa renda, diz Moody's

Agência projeta crescimento de 3,3% do PIB brasileiro em 2021, taxa insuficiente para recuperar perdas da pandemia

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A agência de classificação de risco Moody’s publicou relatório nesta quinta-feira (11) sobre os efeitos do aumento do desemprego nos países da América Latina.

Em relação ao Brasil, a agência destaca os efeitos negativos sobre a mobilidade no mercado de trabalho, a expansão da classe média e as finanças dos governos estaduais e municipais.

A agência projeta crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para o país de 3,3% em 2021, percentual insuficiente para recuperar a queda de 4,1% verificada em 2020.

O Brasil tem hoje uma das maiores taxas de desemprego entre os principais países da região, de 13,9% em dezembro de 2020. México, Peru, Chile e Argentina, por exemplo, têm taxas menores.

A agência destaca, no entanto, que os números do Brasil não mostram outro problema do mercado de trabalho, que é o aumento na contingente de pessoas que desistiu de procurar emprego.

O texto destaca que, no Brasil, a pandemia interrompeu a lenta recuperação do mercado de trabalho após a recessão de 2014-2015.

“Essa interrupção restringirá o aumento da mobilidade e o consumo entre as famílias de baixa renda”, diz a agência. “Essas condições vão restringir os esforços para reduzir a pobreza e expandir a classe média.”

A Moody’s afirma também que as baixas taxas de desemprego recordes no Brasil terão um impacto negativo sobre os estados e municípios como consequência da redução da arrecadação do Imposto de Renda dos trabalhadores.

“A deterioração do mercado de trabalho provavelmente reduzirá o nível de transferências, o que será particularmente negativo para os estados mais dependentes de transferências”, afirma a agência.

“O aumento do desemprego também reduzirá o consumo, afetando estados e municípios que costumam ter forte geração de receita própria com impostos sobre produtos e serviços.”

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas