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Guedes diz que dólar alto motivado por 'barulheira infernal' favorece investimentos

Ministro afirma que real desvalorizado pode gerar ganho adicional a companhias que investirem no Brasil

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Brasília

O ministro Paulo Guedes (Economia) disse nesta quinta-feira (18) que o dólar está acima do patamar de equilíbrio por conta de brigas e barulho político. Ele afirmou, porém, que esse cenário pode favorecer investimentos no país.

Em evento promovido pela Secretaria de Política Econômica da pasta, Guedes disse que o país tem mais de R$ 500 bilhões em investimentos contratados para os próximos anos e tem novos acertos em andamento.

O ministro argumentou que, no passado, o dólar era desvalorizado artificialmente no país, o que criava um risco aos investimentos estrangeiros. Isso porque, para ele, havia a chance de retorno do câmbio ao patamar de equilíbrio, gerando perda aos investidores de longo prazo.

Ministro Paulo Guedes em coletiva no Ministério da Economia, em Brasília - AFP

"Agora o dólar foi lá em cima por causa desse barulho político, incerteza, briga, confusão. Os fundamentos econômicos estão sólidos, estão aí os gatilhos fiscais, os marcos regulatórios, o BC (Banco Central) independente, o déficit em queda", disse.

"Os fundamentos estão aí e o dólar está lá em cima ainda por causa da barulheira infernal. Não tem problema, quem entrar agora [para investir no país] tem uma margem adicional de ganho. Além do que vai ganhar no projeto em si, está entrando com um dólar favorável, que está acima da taxa de equilíbrio", completou.

Na apresentação, o ministro defendeu a autonomia do Banco Central e ressaltou que pela primeira vez um governo disputará a reeleição sob as regras da independência formal da autoridade monetária.

Guedes, em seguida, acusou governos anteriores de se beneficiarem de interferências feitas sobre o BC.

"O Banco Central ajudou a reeleger o FHC (Fernando Henrique Cardoso), custou US$ 50 bilhões, US$ 60 bilhões, e logo depois da eleição soltou o câmbio, deixou flutuar. […] Também Dilma foi auxiliada na reeleição por um BC que ficou correndo atrás da curva o tempo inteiro", disse.

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