Tesla sujeita mulheres a condições 'aterrorizantes' de assédio sexual em fábrica, diz processo
Vítima afirma que departamento de recursos humanos da montadora não respondeu a suas queixas
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A Tesla sujeita trabalhadoras a condições "aterrorizantes" de assédio sexual desenfreado em sua fábrica principal, e os supervisores viram as costas quando as queixas são apresentadas, de acordo com um novo processo.
Jessica Barraza, 38, disse que suportou assobios e toques inadequados "quase diariamente" em seus três anos na fábrica em Fremont, na Califórnia, onde trabalha em turnos noturnos na área de produção.
Barraza disse que a gota d'água veio em 28 de setembro, quando um homem se aproximou por trás dela e colocou a perna entre suas coxas quando ela chegou do intervalo para o almoço.
"Oh, que pena", disse ele, rindo, depois que ela escapou, de acordo com a queixa em um tribunal estadual da Califórnia em Alameda County.
A vítima disse que o departamento de recursos humanos da Tesla não respondeu às queixas que ela registrou em setembro e outubro e até desativou o endereço de e-mail da empresa pelo qual recebia reclamações.
A Tesla não respondeu imediatamente nesta sexta-feira aos pedidos de comentários.
Em 4 de outubro, um júri federal em San Francisco ordenou que a Tesla pagasse US$ 136,9 milhões (R$ 760,9 milhões, na cotação atual) a Owen Diaz, um ex-operador de elevador negro que enfrentou assédio racial. Em 16 de novembro, a empresa reverteu a sentença, afirmando que "abomina e condena" todas as calúnias raciais e que, mesmo que devesse ter feito melhor para erradicar o racismo, o máximo que Diaz merecia eram US$ 600 mil (R$ 3,3 milhões).
Barraza está buscando indenizações compensatórias e punitivas por violações do California Fair Employment and Housing Act.
Ela também disse que, como muitos "empregadores de tecnologia", a Tesla exige que muitos trabalhadores assinem acordos arbitrários, mantendo disputas no local de trabalho fora dos tribunais, mas que os termos "inescrupulosos" de seu acordo o tornam inviável.
Barraza disse que está de licença por recomendação médica, com diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters