Touro de Ouro da B3 é removido após determinação de comissão
CPPU considerou escultura publicidade irregular e passível de multa
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A B3, Bolsa de Valores brasileira, removeu na noite desta terça-feira (23) a escultura Touro de Ouro da frente de seu prédio, na região central de São Paulo, após a obra ter sido considerada irregular pela CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana) da Secretaria Municipal de Urbanismo.
O órgão considerou a estátua publicidade irregular, sem licença urbanística e passível de multa a ser definida pela Subprefeitura da Sé.
A remoção foi noticiada pelo G1. Vídeos da retirada do touro foram publicados por Pablo Spyer, sócio da XP e presidente da empresa de educação financeira Vai Tourinho, idealizador da estátua.
A CPPU, que decide sobre intervenções na paisagem urbana que possam interferir na Lei Cidade Limpa, avaliou que a estátua se trata de uma peça publicitária por estar associada a Spyer, também conhecido por apresentar o programa Minuto Touro de Ouro, na Jovem Pan.
Outros integrantes do conselho destacaram, porém, que a obra atraiu público para a região central, beneficiando o comércio, que havia sido muito prejudicado devido às restrições criadas pelo enfrentamento à pandemia de Covid-19.
O debate dividiu a comissão, com cinco representantes votando pela retirada do touro, e quatro integrantes se posicionando a favor da permanência.
A B3 inaugurou na última terça-feira (16) a escultura que faz alusão à estátua do Touro de Wall Street, em Nova York, nos Estados Unidos, a "Charging Bull" —conforme destaca o próprio processo de solicitação para a realização da intervenção, segundo informou a CPPU na reunião desta terça.
O autor da obra instalada no centro paulistano, o arquiteto Rafael Brancatelli, afirma, porém, que a sua obra não copia a "Charging Bull", que significa touro em investida ou touro que ataca.
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