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Descrição de chapéu Banco Central

Saque em poupança supera depósito em R$ 12,3 bi em novembro

Este é o quarto resultado negativo consecutivo e segunda maior retirada líquida do ano, segundo dados do BC

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Brasília

Os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos pelo quarto mês seguido, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (6). Em novembro, primeiro mês sem o pagamento do auxílio emergencial, o resultado foi negativo em R$ 12,37 bilhões.

Esta é a segunda maior retirada líquida da modalidade no ano, atrás apenas de janeiro, que teve saída de R$ 18,1 bilhões, pior resultado em 26 anos.

Em novembro, os brasileiros sacaram R$ 294 bilhões da caderneta e depositaram R$ 281,7 bilhões. No ano, a poupança acumula captação (diferença entre entradas e saídas) negativa em R$ 43,1 bilhões.

Em novembro, os brasileiros sacaram R$ 294 bilhões da caderneta e depositaram R$ 281,7 bilhões - Eduardo Knapp/Revista São Paulo

Mesmo com o resultado negativo, o saldo, que é todo o montante investido na modalidade, permaneceu superior a R$ 1 trilhão no mês. O estoque alcançou a marca pela primeira vez na história em setembro do ano passado.

Neste ano, a poupança teve resultados positivos apenas entre abril e julho. Em outubro, houve retirada líquida de R$ 7,43 bilhões e em setembro, de R$ 7,71 bilhões.

Desde o início da pandemia, os resultados da caderneta são impactados pelo pagamento do auxílio emergencial.

Os valores são pagos por meio de conta-poupança digital da Caixa Econômica Federal, o que ajudou a explicar o movimento de forte alta na captação líquida ao longo de 2020, que bateu recorde com R$ 166,3 de entradas líquidas.

Após a chegada do vírus ao país, em março do ano passado, a caderneta registrou valores elevados em captação líquida nos meses seguintes, em comparação ao restante da série.

O auxílio emergencial voltou a ser pago no início de abril e terminou em outubro. A nova rodada teve valor menor que a primeira versão, paga entre abril e dezembro do ano passado —inicialmente de R$ 600 e depois reduzido para R$ 300.

Neste ano, o benefício teve valor médio de R$ 250, mas ficou entre R$ 150 ou R$ 375, dependendo do tamanho da família de quem recebe.​

No ápice da crise, em abril de 2020, a captação da poupança bateu recorde, com R$ 30,4 bilhões. O resultado foi superado em maio daquele ano, com R$ 37,2 bilhões, o maior da série histórica até agora.​

A caderneta rende a TR (Taxa Referencial), hoje zerada, mais 70% da Selic, que está em 7,75% ao ano.

A regra prevê que, quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança seja de 0,50% ao mês, mais a TR. Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o investimento é remunerado a 70% da Selic, acrescida da TR.

A sinalização do BC é de que Selic seja elevada em 1,5 ponto percentual na próxima quarta-feira (8), a 9,25% ao ano. Caso a alta se concretize, haverá mudança na remuneração da modalidade.

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