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Fábrica da Volkswagen no ABC volta a operar em dois turnos

Cerca de mil funcionários estavam com os contratos suspensos em São Bernardo

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São Paulo

A fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, vai voltar a operar em dois turnos a partir do próximo dia 2 de março, após ter suas atividades reduzidas principalmente pela falta de semicondutores.

Desde novembro passado, a planta Anchieta foi obrigada a cortar seu ritmo de produção para um turno e colocar cerca de mil colaboradores em lay-off, como é chamada a suspensão temporária de contratos.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que representa a categoria, a prioridade era manter os empregos durante o período de redução nas atividades da unidade.

Fábrica da montadora Volkswagen, no ABC paulista - Zanone Fraissat - 17.set.20/Folhapress

Por meio de nota, o diretor do sindicato Wellington Messias Damasceno disse que o retorno do segundo turno de trabalho traz alívio aos trabalhadores. "Sempre que a produção aumenta é uma expectativa maior de tranquilidade e avanços."

A Volkswagen confirmou o retorno do segundo turno da unidade Anchieta e o fim do lay-off para os cerca de mil funcionários. Atualmente, a montadora tem cerca de 8 mil colaboradores diretos no país.

O setor foi um dos mais afetados pela escassez de semicondutores, que veio com a recuperação desigual dos países após o início da pandemia e a quebra das cadeias de produção.

A falta de chips prejudicou, além da indústria automotiva, todo o setor de tecnologia e a produção de celulares, televisores e videogames, por exemplo.

Na quarta (16), executivos da sede da Volkswagen na Alemanha disseram que ainda esperam um impacto contínuo da escassez de semicondutores neste ano, embora consigam aumentar a produção no segundo semestre.

Segundo o presidente-executivo, Herbert Diess, a situação da oferta está melhorando, mas mesmo em 2022 não será possível montar o número de carros suficiente para atender às demandas dos consumidores. "Mas enxergamos oportunidades para novos aumentos de produção, especialmente no segundo semestre", disse Diess em discurso.

Diess afirmou que o fornecimento de chips é o único grande desafio no momento, com os principais modelos de suas marcas premium já esgotados para todo 2022, enquanto seus negócios de caminhões também têm um grande número de pedidos.

Para tranquilizar o mercado, a SIA (Associação das Indústrias de Semicondutores, na sigla original) disse no início da semana que as vendas globais de chips atingiram um faturamento recorde em 2021 de US$ 555,9 bilhões (R$ 2,89 trilhões), aumento de 26,2% no ano, e previu um crescimento de 8,8% para 2022.

Enquanto os principais fabricantes de semicondutores, como TSMC, Samsung e Intel, anunciaram dezenas de bilhões de dólares em investimentos para novas fábricas no ano passado, a entidade avalia que a tendência de digitalização acelerada pela pandemia continuará a aumentar a demanda pelo produto.

Com Reuters

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