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Alta do petróleo e do aço leva governo a rever custos dos projetos de concessão

No caso das rodovias, asfalto subiu 43% e aço, 36%, diz Natália Marcassa, do Ministério da Infraestrutura

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São Paulo

A alta das commodities desde o estouro da pandemia, em particular do petróleo e do aço, tem forçado o governo federal a rever os parâmetros financeiros dos leilões de concessão já em andamento.

A afirmação foi feita nesta quinta (28) pela secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa, em seminário sobre investimentos público-privados de longo prazo, organizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e pelo TCU (Tribunal de Contas da União), na sede da federação, em São Paulo.

"O aumento nos insumos asfálticos foi da ordem de 43%. E o aumento do aço, da ordem de 36%. Com isso, a partir de janeiro, tivemos de remodelar os nossos projetos, já captando esses custos", diz a secretária.

Rodovia Novo Rio, na cidade do Rio de Janeiro (RJ) - José Lucena - 21.abr.2022/TheNews2/Agência O Globo

Em janeiro, segundo ela, foi publicado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) o Sistema de Custos Rodoviários, mensurado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) a cada três meses, que teria captado a alta de preços após o início da pandemia.

A secretária citou o caso da concessão do sistema rodoviário que liga a cidade do Rio de Janeiro a Governador Valadares (MG), cujo leilão está marcado para 20 de maio.

Segundo Marcassa, o edital foi republicado em fevereiro, alterando os custos previstos, que na média apresentaram alta de 23%.

Para Morgan Doyle, representante do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimeto) no Brasil, o choque de custos mencionado pela secretária não foi suficiente para tirar o apetite dos investidores privados em investir em infraestrutura no Brasil. "Eles seguem interessados", diz ele.

O evento é parte de uma série de seminários organiza pela Fiesp e o TCU com o intuito de discutir estratégias que permitam destravar os investimentos em infraestrutura no país.

A sessão desta quinta foi aberto pelo presidente da federação, Josué Gomes da Silva, e o ministro Bruno Dantas (TCU).

Também participaram o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, o economista-chefe do Banco Mundial, Luis Andrés (por videoconferência), entre outros palestrantes.

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