Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Considerado o "velocímetro" da economia, o PIB (Produto Interno Bruto) é um indicador que ajuda a mostrar o volume de riqueza produzido pelo país em um determinado período, explica o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), responsável pela divulgação dos dados.
Apesar de útil para apontar o desempenho da economia e permitir comparações internacionais e ao longo do tempo, o indicador não serve de termômetro para mostrar questões importantes, como a distribuição de renda e a qualidade de vida. Entenda:
O que o PIB indica?
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Ele não é o total da riqueza existente no país, mas um indicador de fluxo de novos bens e serviços finais produzidos durante aquele período.
O dado também mede apenas os bens e serviços finais, para evitar uma dupla contagem. "Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão", exemplifica o IBGE.
Quem precisa desses dados?
A partir desses dados, é possível fazer diversas análises e ponderações, como medir a evolução do PIB ao longo do tempo, comparando o desempenho da economia trimestre a trimestre ou ano a ano. Também é possível fazer comparações internacionais, que mostram o tamanho das economias de diferentes países. A metodologia passa por revisões internacionais periódicas.
Para que essa informação serve e para que não serve?
O PIB é uma espécie de indicador-síntese da economia e ajuda a entender o país, mas não mostra fatores importantes, como a distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde, ainda de acordo com o IBGE.
Isso porque a economia pode ter crescido, mas a riqueza ter sido concentrada na mão de poucos ou não ter sido investida em melhoria de serviços básicos.
Para calcular o PIB são usadas outras pesquisas que acompanham diferentes setores e dados, como o Balanço de Pagamentos do Banco Central e as pesquisas mensais da indústria, do comércio e do setor de serviços.
O cálculo também segue recomendações internacionais, para que seja possível comparar resultados do Brasil e de outros países. O Brasil, inclusive, participa de acordos de cooperação para ajudar outros países a medirem suas contas nacionais.
Por que a divulgação do PIB afeta a Bolsa e outros mercados?
Principalmente por causa da comparação entre o resultado e as expectativas.
Os investidores tomam decisões com base nas estimativas de crescimento de diferentes setores e empresas, pois esperam uma valorização futura.
Se os economistas vinham prevendo um crescimento maior, mas a medida vem mais baixa, os investidores consideram que alguns investimentos estão mais caros que deveriam e resolvem vendê-los.
Se, ao contrário, o indicador vem mais alto que o esperado, investidores tendem a comprar papeis, provocando altas nas cotações.
O que o PIB diz sobre a riqueza do país?
Ele é uma espécie de "velocímetro" da economia, que mostra quantos bilhões aquele país foi capaz de produzir durante um ano ou trimestre e se o volume de riquezas produzidas subiu ou caiu. Alguns países, no entanto, têm PIBs relativamente baixos, como no caso da Islândia, mas um alto padrão de vida —ou o contrário, como a Índia.
E sobre a riqueza dos habitantes?
Há outras maneiras de se medir o padrão de vida da população. Uma dessas formas é o PIB per capita, que é a divisão do PIB pelo número de habitantes. Dessa forma, se consegue medir o quanto de riqueza produzida caberia individualmente ao cidadão, caso todos recebessem partes iguais.
Esse número é uma média, portanto não reflete o quão bem a riqueza está distribuída pela população. Mas, na comparação ano a ano, é possível avaliar se, como um todo, a quantidade disponível para ser distribuída está aumentando ou caindo.
Outros indicadores ajudam a entender a distribuição de renda, como o índice Gini, ou a qualidade de vida, como o IDH.
Para ajudar a explicar a importância do indicador, o IBGE também produziu um vídeo:
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters