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Descrição de chapéu Pix Datafolha

Datafolha: 30% em SP não acham o Pix seguro

Insegurança aumenta de acordo com faixa etária

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São Paulo

Com 130 milhões de usuários, o Pix caiu no gosto popular do brasileiro, mas a percepção sobre sua segurança ainda está longe de ser unanimidade. No estado de São Paulo, 30% acham a forma de pagamento nada segura, enquanto 47% a consideram um pouco segura.

Os que dizem sentir muita confiança no sistema são minoria, apenas 21%, como mostra o Datafolha.

Pix é o sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central; na foto o Sr. Ademilson, que trabalha vendendo cocada e amendoins há 23 anos e passou a usar sistema - Jardiel Carvalho/Folhapress

A pesquisa ouviu 1.806 pessoas em 61 municípios de São Paulo entre os dias 28 e 30 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O sentimento dos entrevistados reflete a recente explosão de crimes envolvendo o Pix. Desde sua criação pelo Banco Central, em novembro de 2020, diversos tipos de golpes e fraudes foram criados por quadrilhas especializadas.

Na maioria dos casos, os criminosos aproveitam da praticidade e agilidade da ferramenta —que permite transferências em tempo real— para fazer suas vítimas.

Entre abril e maio deste ano, a empresa de cibersegurança PSafe registrou um aumento de mais de 350% nas tentativas de golpes do Pix em relação a fevereiro e março.

Só nesses dois meses, a companhia diz ter bloqueado mais de 424 mil tentativas de golpes, o que corresponde a quase 7.000 investidas fraudulentas por dia, 280 por hora e 4 por minuto.

A sensação de insegurança, porém, aumenta de acordo com a faixa etária. Segundo o Datafolha, dos entrevistados entre 16 a 24 anos, apenas 9% consideram o Pix nada seguro. A maioria (55%) diz que a ferramenta é um pouco segura, enquanto 36% confiam bastante.

O cenário é bem diferente na faixa etária acima de 60 anos. Nesse recorte, a maior parcela (51%) acha a plataforma de pagamentos nada segura. Só 8% acreditam que ela é muito segura e 35% um pouco.

Fenômeno semelhante acontece quando se observa o recorte de escolaridade. Quanto menor o grau de instrução, maior o receio.

Metade dos entrevistados que concluíram apenas o ensino fundamental consideram o Pix nada seguro. Essa proporção recua para 27% entre as pessoas que têm o ensino médio completo e cai para 16% entre os que têm ensino superior.

Regras de segurança

Em novembro do ano passado, um ano após o lançamento do Pix, novas regras do Banco Central passaram a valer para reforçar a segurança dos usuários. Entre elas estão o bloqueio cautelar e a devolução especial de valores.

Uma das alterações estabeleceu que uma operação suspeita de fraude seja retida pelos bancos por até 72 horas. Em vez de fazer o crédito automaticamente, a instituição responsável pela conta que recebe os valores faz um bloqueio preventivo dos recursos.

Além disso, o BC incluiu a determinação do limite de R$ 1.000 para operações em canais digitais entre pessoas físicas realizadas à noite, entre 20h e 6h.

De acordo com a Febraban, as operações por Pix são totalmente rastreáveis e, no caso de irregularidades, todos os envolvidos serão identificados e responderão pelos delitos

Como evitar golpes com Pix

No mecanismo especial de devolução, o cliente que foi vítima de golpe pode pedir o dinheiro de volta. Para isso, é preciso registrar um boletim de ocorrência e avisar imediatamente a instituição pelo canal de atendimento oficial, como SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) ou Ouvidoria.

Outras dicas para evitar cair em golpes são: proteger a senha do aplicativo do banco e não anotá-la em papel; diminuir o valor que pode ser transferido via Pix; conferir os dados de quem vai receber a transferência; não clicar em links suspeitos para cadastrar ou fazer pagamentos; desconfiar de benefícios, descontos e rendimentos que precisam do Pix.

Conheça os principais golpes com Pix

  1. Boleto falso

    Golpistas copiam a identidade visual de prestadores de serviços e enviam por email falsas contas de consumo ou propostas de adesão.

  2. Alerta falso

    A vítima é alertada sobre um falso problema em sua conta bancária com o Pix cadastrado. O golpista pede que a pessoa acesse um site onde deve informar dados da conta, como CPF, senha e token.

  3. Bug do Pix

    Criminosos alertam sobre uma suposta falha no Pix e dizem que quem enviar determinado valor receberá o dobro de volta.

  4. Cadastro falso

    Bandidos se passam por funcionários do banco para ajudar a cadastrar a chave Pix e pedem uma transferência de teste.

  5. Rei do pix

    Perfis oferecem lista de possíveis trocas de valores: se a pessoa enviar um Pix de R$ 10, recebe R$ 100; ao enviar R$ 500, recebe R$ 5.000, por exemplo. Além de contribuir com possível lavagem de dinheiro, em alguns casos, o usuário envia a quantia e não recebe nada em troca.

  6. Descontos

    Golpistas se passam por empresas dizendo que estão oferecendo desconto na fatura ou em determinado serviço se for pago em Pix.

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